Candidato do PSTU. Adriano Espíndola, à Prefeitura participou ontem da sabatina JM, quando falou da relação do excesso de incentivos para as grandes empresas e a carga tributária para os mais pobres (Foto/Rafaella Massa)
Para viabilizar a diminuição da carga tributária à população de baixa renda e pequenos negócios, o candidato a prefeito pelo PSTU, Adriano Espíndola, quer acabar com os incentivos fiscais oferecidos para grandes empresas com planos de instalação no município.
Durante sabatina na Rádio JM nesta sexta-feira (27), o prefeitável posicionou que a medida deve resultar em impacto positivo para a economia local, pois a população mais pobre pagaria menos imposto e poderia gastar mais no comércio. “Os comerciantes se queixam que está parado e não está vendendo. Uberaba, apesar de ser uma cidade rica, a riqueza não é distribuída. Então, as pessoas não têm como comprar e vem a crise. A melhor distribuição de renda fortaleceria o comércio”, salientou.
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Espíndola admitiu que o fim dos benefícios fiscais para grandes empresas poderia, no primeiro momento, levar Uberaba a perder investimentos para outros municípios. Porém, à medida que os resultados positivos fossem observados na economia, o candidato do PSTU acredita que seria um chamariz para os investidores. “Com mais circulação de dinheiro na cidade, os grandes vão querer vir para cá sem as isenções que hoje são dadas para eles”, declarou.
O prefeitável também defendeu a revisão dos critérios para o cálculo do IPTU para que o valor cobrado seja maior para a população mais rica e o imposto possa até ser zerado para pessoas com faixa de renda menor. Embora já existam diferenciações na tabela segundo o tamanho e a localização do imóvel, Adriano avaliou que ainda não é o suficiente para promover justiça tributária.
Além disso, o candidato do PSTU quer rever o cálculo da tarifa de lixo atrelada ao consumo de água e até chegou a defender que uma empresa pública seja criada pela Prefeitura para assumir a coleta de lixo.
No entanto, Espíndola não esclareceu qual seria a alternativa para o custeio do serviço prestado pela empresa pública. “É uma discussão secundária. O modelo atual não serve porque é muito oneroso para o mais pobre. Voltar modelo antigo de cálculo [atrelado à metragem da fachada do imóvel] pode ser uma alternativa. Vamos buscar com os técnicos do setor qual seria o melhor caminho”, disse.
Em relação ao Centro, o prefeitável afirmou que foi um erro a construção de conjuntos habitacionais nos extremos da cidade e levantou a proposta de desapropriação de imóveis ociosos na área central para abrigar loteamentos residenciais populares verticais na região.
Assista abaixo à sabatina desta sexta-feira: