Água Comprida e Delta já admitem atraso no 13º

Gestores de Água Comprida e Delta temem atraso no pagamento do 13º salário dos servidores este ano por causa da queda nos repasses do Fundo de Participação do Município (FPM) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por enquanto, as duas prefeituras estão em dia com o salário do funcionalismo, mas se a retração financeira persistir, já se cogita ajuste no quadro para equilibrar as finanças.

De acordo com o prefeito de Água Comprida, João Anivaldo de Oliveira, somente no último bimestre o município perdeu R$ 100 mil em comparação ao acumulado de julho e agosto de 2008. Ele salienta que a prefeitura está sobrevivendo com poucas ações para manter o caixa organizado. “Estamos em dia com os servidores, inclusive os encargos trabalhistas. No fim do ano, liberam as emendas parlamentares e precisamos estar com tudo certo para receber os benefícios”, conta.

Mesmo confiante em depositar os salários de setembro conforme a programação estabelecida, o prefeito lembra que implementou medidas drásticas, com corte de horas extras e gratificações. Questionado sobre o enxugamento do quadro, ele afirma que esta será a próxima alternativa se a situação persistir. “Estamos no mês nove e ainda não temos reservado o 13º”, lamenta.

Também fazendo malabarismo para pagar os servidores em dia, a prefeita de Delta, Lauzita Resende, conta que chegou a dispensar médicos de algumas especialidades para enxugar a planilha de custos da Prefeitura. Segundo ela, o município perdeu 47% da receita em ICMS até agora.

A prefeita explica que renegociou aproximadamente R$ 300 mil em dívidas com os fornecedores para evitar atraso com o funcionalismo. Entretanto, se tendência de arrecadação continuar despencando, o 13º salário não vai ser liberado em dia. “Já fizemos uma reforma administrativa. Se não houver reação, faremos mais uma. É difícil porque temos poucos contratados”, conclui.

Prefeituras de Veríssimo e Campo Florido enfrentam o mesmo problema.