Após lançamento de edital para nova concessão da BR-262 com duplicação parcial do trecho entre Uberaba e Belo Horizonte, ex-prefeito Anderson Adauto acionou o Ministério Público Federal e apresentou questionamentos aos dados que embasaram o projeto desenvolvido pelo governo federal.
Em entrevista à Rádio JM, Adauto salientou que a judicialização é o único caminho a partir de agora, pois diversas tentativas foram feitas para solucionar a questão diretamente com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). “Não entendemos a teimosia de não querer nos proporcionar a única coisa que queremos: a recontagem de tráfego. É o que daria para provar se estamos certos ou errados [sobre a necessidade de duplicação]. A contagem que foi feita em pleno período de pandemia não serve de base”, argumentou.
AA afirmou que os representantes da agência alegam que o contrato terá um gatilho prevendo a inclusão da duplicação integral do trecho se for observado o incremento do fluxo de veículos. No entanto, ele defende que o interessante seria ter a garantia da obra desde o início.
Com isso, o ex-prefeito informou que já alimentou os procuradores de Justiça em Uberaba e Uberlândia com informações sobre a relicitação da BR-262. Segundo ele, os representantes do Ministério Público Federal encaminharam os documentos para a procuradora da República em Minas, Isabela de Holanda, que é especializada em concessões. “Ela está de férias e retorna dia 2 de agosto. Estamos marcados [para uma audiência]. Queremos ver primeiro se teremos o respaldo do Ministério Público Federal”, disse.
De acordo com AA, o mais interessante seria uma ação ingressada pelo MPF, porém, se não houver manifestação do órgão, é possível reunir diversas entidades para ingressar com uma ação coletiva. “Vamos buscar todas as lideranças da cidade para assinar a petição. Não pretendo fazer ação isolada”, finalizou.