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Apesar de apelo de vereadores, Prefeitura não cogita mudanças no BRT na Leopoldino

Segundo o adjunto de Defesa Social, Claudinei Nunes, não há sequer determinação de estudos para avaliar a viabilidade do pedido dos vereadores

Gisele Barcelos
Publicado em 09/06/2023 às 18:21Atualizado em 09/06/2023 às 18:24
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Vereador Fernando Mendes protesta em plenário contra o BRT em Uberaba (Foto/Reprodução)

Apesar da solicitação dos vereadores pelo retorno do estacionamento e pelo fim da faixa exclusiva de ônibus na avenida Leopoldino de Oliveira, as alterações no BRT ao longo da via não estão nos planos do governo municipal até o momento. O assunto gerou repercussão na última semana devido às críticas feitas na Câmara Municipal contra o modelo de transporte coletivo.

Durante pronunciamento em plenário, o presidente da Casa, Fernando Mendes (MDB), argumentou que uma grande quantidade de lojas na Leopoldino de Oliveira faliu desde o início da operação do BRT e houve forte desvalorização do preço dos imóveis na área, pois as restrições de estacionamento reduziram a circulação de pessoas no centro. Com isso, ele pediu o retorno do estacionamento na avenida e o compartilhamento da faixa de ônibus com outros veículos.

Vereador Fernando Mendes protesta em plenário contra o BRT em Uberaba (Foto/Reprodução)

Questionado sobre o pleito, o secretário adjunto de Defesa Social, Trânsito e Transportes, Claudinei Nunes, afirmou que não há estudos em andamento para alterações no eixo do BRT na Leopoldino de Oliveira. Segundo ele, também não houve, até o momento, diretriz para iniciar uma avaliação sobre a viabilidade da medida.

Nunes manifestou que a mudança proposta pelo vereador na Avenida Leopoldino de Oliveira demandaria uma análise técnica aprofundada, visto que existe até um posicionamento do Ministério Público para a manutenção das faixas exclusivas de ônibus na via. A recomendação ocorreu em 2015, e o ex-prefeito Paulo Piau (MDB) foi notificado oficialmente pelo MP na época.

Embora outras avenidas que integram o percurso do BRT tenham o estacionamento liberado e compartilhem a faixa de ônibus, o adjunto ressaltou que haveria dificuldades em fazer o mesmo na Leopoldino de Oliveira, pois o fluxo de trânsito é mais intenso na via. "Os outros eixos do BRT não têm a complexidade e a quantidade de ônibus que existem no trecho da Leopoldino, principalmente na área central. É completamente diferente dos outros dois corredores", argumentou.

Além disso, Nunes salientou que é temerário culpar o BRT e a proibição de estacionamento pelo fechamento de lojas na Leopoldino de Oliveira. Ele ponderou que outros fatores impactaram o setor nos últimos anos, já que a Rua Tristão de Castro continua com estacionamento liberado e não integra o trajeto do BRT, mas também apresenta um grande número de lojas fechadas.

Atualmente, o estacionamento na Avenida Leopoldino de Oliveira é permitido somente fora dos horários comerciais: à noite durante os dias da semana e aos sábados, a partir das 14h até as 6h da manhã de segunda-feira. Já a faixa de ônibus é compartilhada apenas com táxis, viaturas policiais e veículos de urgência e emergência devidamente identificados.

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