SEM DESLIGAMENTO

Apesar de denúncia, diretor da CMU continua no cargo

Gisele Barcelos
Publicado em 13/07/2024 às 17:54
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Rodolfo Natálio está entre as quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público para responder na esfera penal por atos criminosos (Foto/Reprodução)

Rodolfo Natálio está entre as quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público para responder na esfera penal por atos criminosos (Foto/Reprodução)

Apesar de documento solicitar a exoneração do diretor da Câmara Municipal denunciado no caso de habilitação ilegal de linhas telefônicas em nome da prefeita Elisa Araújo (PSD), o Legislativo até o momento não promoveu o desligamento do funcionário ocupante de cargo comissionado.

O diretor do Departamento Legislativo da Câmara, Rodolfo Natálio, está entre as quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público para responder na esfera penal por delitos de associação criminosa, falsidade ideológica e difamação contra a prefeita.
Logo após a acusação formal da Promotoria, o vereador Diego Fabiano de Oliveira (DC), que integra a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Legislativo, protocolou ofício na quinta-feira (11), cobrando a exoneração do ocupante de cargo comissionado. No texto, o parlamentar argumenta que, embora a Justiça ainda não tenha se manifestado sobre a denúncia, a situação descredibiliza o funcionário de permanecer exercendo a função na Câmara.
Segundo Diego, os vereadores estão sendo questionados em função da conduta de um funcionário que está atrelado à Câmara Municipal por causa do vínculo empregatício. “Isso acaba respingando em toda uma instituição que é maior que pessoas. Nada mais justo que, em respeito à instituição, a gente adote algum tipo de providência nesse momento”, declarou.
Além disso, o parlamentar ressaltou que é preciso estar atento, porque o servidor denunciado tem acesso a dados e manuseia documentos que podem interferir em procedimentos que tramitam na Câmara Municipal e envolvem o Poder Executivo. “Isso já dá respaldo para que a Mesa Diretora possa descontinuar o vínculo com o servidor. Até para resguardar o servidor, que pode ter boa intenção em algum assunto relativo ao Executivo e mesmo assim ser questionado. Então, para evitar essa situação, entendo que é prudente que seja feita exoneração. Se posteriormente compreender que merece ser reconduzido ao cargo, é só fazer”, declarou.
Mesmo com a solicitação de forma oficial, o desligamento não se concretizou até a última edição do Porta-Voz da semana. A reportagem do Jornal da Manhã também tentou contato ontem por telefone com o presidente da Mesa Diretora, vereador Fernando Mendes (Republicanos), mas ele não foi encontrado para se manifestar sobre a questão e esclarecer se a medida está sendo analisada.

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