Professores da rede municipal de ensino encaram com receio a substituição dos livros didáticos fornecidos pelo governo federal, através do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), pelo material elaborado pelo Colégio Cenecista Dr. José Ferreira. A principal dúvida está relacionada ao respaldo legal do uso do material escolar com a contratação do novo sistema educacional do Cnec.
O secretário José Vandir, através da assessoria de comunicação, garante que tudo está sendo feito dentro da legalidade, sendo que contratação irá otimizar o ensino. “A meta do município é preparar os alunos para as avaliações sistêmicas Prova Brasil e Enem. Estas provas que cobram competência e habilidade”, esclarece.
Segundo ele, os livros enviados pelo governo federal, além de apresentarem conteúdos fragmentados, não atendem todos os alunos. “Sempre há uma falta, sendo que nem todos os livros solicitados são realmente enviados pelo governo federal”. Conforme esclarece, o número de livros encaminhados pelo PNLD possui como referência o número de alunos, contabilizado sempre em maio, para ser atendido somente no próximo ano.
O secretário também explica que a reserva técnica de 3% do material, repassado à Secretaria de Estado da Educação, não dá conta da demanda dos municípios. “Em algumas cidades, os livros não chegam por problemas de logística”, diz. Ele ainda revela que um dos objetivos da administração municipal é a alfabetização dos alunos aos seis anos de idade, que atualmente não é possível pelos referenciais curriculares do Ministério da Educação (MEC).
Além disso, o Departamento Pedagógico da pasta elaborou uma análise das apostilas. Entre os pontos favoráveis estão a unificação da proposta pedagógica, o recurso didático e o fornecimento de apostilas consumíveis por aluno – o que não acontece com o PNLD.