49% dos entrevistados acreditam que Lula saiu mais forte de encontro com Trump na ONU e maioria é contra reduzir penas dos condenados pelo 8 de janeiro
A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a empatar com a desaprovação após nove meses abaixo, aponta a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8/10) pela Quaest.
Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados disseram que aprovam o governo, contra 46% em setembro; os que desaprovam caíram de 51% para 49%, enquanto 3% não responderam. Esta é a primeira vez desde janeiro em que há empate técnico entre a aprovação e a desaprovação, que chegou ao pico em maio deste ano e voltou a cair desde então.
Por outro lado, a avaliação positiva segue abaixo da negativa. Quando perguntados como avaliam o governo Lula no geral, 33% responderam “positivo” (eram 31% em setembro) e 37%, “negativo” (eram 38%). Já outros 27% responderam “regular” (eram 28%) e 3% não quiseram opinar.
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e foi realizada com 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Relação com Trump
A Quaest também questionou os entrevistados sobre a relação de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o encontro que tiveram na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no dia 23 de setembro. O levantamento, porém, foi feito antes do telefonema entre os dois chefes de Estado, na última segunda-feira (6/10).
Pela pesquisa, 49% acreditam que Lula saiu mais forte após o encontro com Trump nos EUA. Para 27%, o petista saiu mais fraco, enquanto 10% creem que ele não saiu nem forte, nem fraco.
Além disso, para 46%, Lula deveria se esforçar para ter uma reunião presencial com Trump; para 44%, ele deveria ser cuidadoso e esperar mais para se encontrar com o líder americano. Outros 10% não souberam responder.
Já no caso de um eventual encontro entre os dois, 51% dos entrevistados acreditam que eles irão se dar bem, enquanto 36% acham que não. E para 65% dos entrevistados, Lula deveria manter uma postura amigável com Trump; para 25%, a postura deveria ser dura.
Temas em debate no Congresso
A pesquisa também quis saber a opinião dos eleitores sobre temas de grande repercussão que estão em debate no Congresso Nacional. Aprovada na última quarta-feira (1/10) pela Câmara dos Deputados, a proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil mensais é apoiada por 79% (eram 75% em julho); outros 17% se colocaram contra (eram 21%).
Já em relação ao projeto alternativo da anistia, que visa diminuir as penas dos condenados pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, 52% se disseram contrários e consideram que as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foram justas. Os que consideram as penas muito duras e apoiam uma redução somam 37%. Outros 11% não responderam.
Batizado de PL da Dosimetria, o projeto que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe pode ser votado na semana que vem pela Câmara, segundo o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), Contudo, aliados de Bolsonaro rechaçam a ideia e reivindicam uma anistia ampla, geral e irrestrita, com um perdão de todas as condenações.
Fonte: O Tempo