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Em consulta pública, gasoduto para Uberaba tem empresa interessada

Marconi Lima
Publicado em 08/10/2025 às 20:16
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 (Foto/Divulgação)

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Após a abertura da consulta pública pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para dois projetos de gasodutos que colocam Minas Gerais entre as prioridades de expansão da malha nacional de gás do Brasil, o trecho entre Iacanga (SP) e Uberaba já atraiu empresa interessada. A informação foi publicada no jornal Diário do Comércio, de Belo Horizonte, nesta quarta-feira.

Com orçamento previsto de R$3,1 bilhões, a proposta está em consulta pública pela EPE até o próximo dia 28 de outubro. O traçado do gasoduto, partindo de Iacanga, em São Paulo, somará aproximadamente 260 quilômetros de extensão e viabiliza o transporte de gás natural e biometano a uma das regiões de maior desenvolvimento do Estado.

A empresa que estaria interessada é a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), uma das principais do segmento, que hoje soma mais de 2 mil km de dutos na América Latina.

O ex-prefeito de Uberaba e coordenador institucional do projeto-piloto Gás para Empregar, Anderson Adauto, destacou que a chegada do gasoduto à região busca contribuir para a transição energética e com isso dar sequência à reindustrialização do país. “Para isso acontecer é necessário que o gás possa chegar ao interior e assim proporcionar a instalação de novas indústrias”, observa.

A TBG estaria interessada em interiorizar o gás natural, que hoje ainda se concentra no litoral do país e em grandes cidades. “Com a interiorização, será possível estimular a produção de biometano no interior, reforçando a força do setor sucroalcooleiro em Minas Gerais”, destaca Adauto.

Para o ex-prefeito, um dos maiores desafios apontados pelo setor é a precificação do gás, que precisa estar em patamar competitivo para que a indústria consiga pagar. Segundo Adauto, a Petrobras, ao invés de cobrar pelo compartilhamento de infraestrutura, cobra por preço de ocasião, valor considerado flutuante.

O levantamento concluiu que o custo de escoamento do gás deveria ser de US$2,80 por milhão de Unidade Térmica Britânica (BTU), enquanto a Petrobras estaria cobrando US$8 pelo mesmo volume.

Com a precificação adequada para o gás, Adauto acredita que a expectativa é que em três anos o gasoduto possa sair do papel e virar realidade para Uberaba.

O documento da EPE sobre a consulta pública frisa que a chegada do gasoduto a Uberaba deve possibilitar o atendimento nos setores agroindustrial e siderúrgico, além de demandas não industriais, como o uso residencial, comercial e veicular. A expectativa é que a conclusão do projeto atraia a instalação de fábricas de produção de fertilizantes, capazes de utilizarem o insumo nos processos de produção.

A maior parte do custo está concentrada na etapa de construção e montagem do gasoduto, correspondendo a quase 40% do aporte total.

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