UNÂNIME

Aprovado projeto que impede a leitura de carta anônima na Câmara

A proposta inclui no regimento interno que o Legislativo não receberá denúncia, assinada ou não, com afirmações inverídicas de cunho político ou destituída de fundamento

Gisele Barcelos
Publicado em 06/08/2024 às 21:27
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Autor da proposta, vereador Wander Araújo disse aos colegas que não quer que se repita o que aconteceu com as acusações contra Tony Carlos (Foto/Rodrigo Garcia/CMU)

Autor da proposta, vereador Wander Araújo disse aos colegas que não quer que se repita o que aconteceu com as acusações contra Tony Carlos (Foto/Rodrigo Garcia/CMU)

Foi aprovado por unanimidade o projeto que altera o regimento interno da Câmara Municipal e impedir a leitura de denúncias anônimas no plenário da Casa. A medida foi proposta pelo vereador Wander Araújo (Pode), após desgaste por causa da leitura de documento apócrifo com conteúdo contra o prefeitável Tony Carlos.

A proposição aprovada incluiu no regimento um trecho estabelecendo que o Legislativo não receberá denúncia, assinada ou não, com afirmações inverídicas, de cunho político ou destituídas de fundamento.

Segundo o autor do projeto, o objetivo é preservar o Legislativo e evitar que a Câmara seja usada para ações de cunho político. “Não queremos que se repita [o que aconteceu com o Tony Carlos]. Respeitamos todos os pré-candidatos. Essa Casa não pode ser usada para prejudicar alguém, especialmente pré-candidato no momento que a gente vive”, declarou.

Wander ainda posicionou que a leitura da denúncia anônima contra o prefeitável colocou os vereadores em uma situação constrangedora, já que os integrantes do Legislativo agora estão tendo que prestar esclarecimentos à Polícia sobre o caso.

No entanto, o parlamentar ressaltou que a Mesa Diretora está tomando as medidas necessárias para comprovar que está isenta de culpa e não tem ligação com quem elaborou o documento apócrifo.

A carta anônima lida em plenário apontava envolvimento de Tony com o autor do homicídio de Edgard da Pizza. A leitura do documento na Câmara foi alvo de representação na Polícia Federal.

Além de solicitar investigação para identificar o responsável por escrever o documento e aplicação de sanções, a petição denunciou os integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal por suposto crime eleitoral. A Polícia Civil também foi acionada para apurar crime contra a honra do candidato a prefeito. 

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