Com panfletagem, pronunciamentos, apresentação do Bloco Unidos da Democracia e de artistas, ato em Uberaba movimentou a Feira da Abadia no domingo
(Foto/Divulgação)
Manifestantes de Uberaba participaram no domingo (21) de um ato contra a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e contra o projeto que anistia condenados pelo 8 de janeiro.
O movimento foi realizado em diversas cidades do país e conta com a participação de movimentos de esquerda, artistas e políticos. Em Uberaba, a manifestação aconteceu na Feira da Abadia, na avenida Prudente de Morais, e foi liderada pelo Fórum dos Trabalhadores de Uberaba (FTU) e outros movimentos populares, reunindo cerca de 500 pessoas, segundo a organização.
Durante o evento, houve manifestações artísticas e culturais, com a presença da bateria do Bloco Unidos da Democracia, além de panfletagem e a coleta de assinaturas para um plebiscito popular, contra a PEC da Anistia e a PEC da Blindagem, também chamada de PEC da Bandidagem.
Ao todo, 33 cidades tiveram atos, incluindo todas as capitais. Com críticas ao Congresso Nacional, os manifestantes exigiram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele já está condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, entre outros crimes.
Em todo o país, as manifestações foram convocadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligados ao PSOL, PT e movimentos populares, as manifestações contaram com a presença de sindicatos, grupos estudantis, artistas e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), além de outros partidos de esquerda e de centro-esquerda.
A PEC da Blindagem foi aprovada na Câmara dos Deputados na quarta-feira (17).
A proposta dificulta processos criminais contra parlamentares, impondo a necessidade de um aval da Câmara ou do Senado para que um parlamentar possa ser processado no STF. Estabelece ainda que a Câmara ou o Senado terão um prazo de 90 dias para analisarem a abertura de um processo criminal. Se isso não ocorrer, a ação penal será iniciada automaticamente.
Além disso, o texto garante foro especial no STF também a presidentes de partidos e torna secreta a votação para avaliar a prisão em flagrante de parlamentares. A PEC ainda passa pelo Senado.