Ausência de AA gera protesto da oposição

Ausência do prefeito Anderson Adauto (PMDB) este semestre gera protesto de representantes da oposição. Levantamento da reportagem do Jornal da Manhã mostra que AA esteve 71 dias em viagem entre fevereiro e julho, sem contar as férias de janeiro e fins de semana. Para oposicionistas, prefeito se aproveitou dos cofres públicos para trabalhar na campanha eleitoral de Hélio Costa (PMDB).

O vereador Itamar Ribeiro de Rezende (DEM) cobrou prestação de contas sobre as viagens no mês passado. Entretanto, ainda não teve respostas sobre os gastos e as justificativas para os constantes deslocamentos de AA. Conforme o parlamentar, Anderson já estava por conta da campanha na maioria das saídas e, além de viajar às custas da Prefeitura, ainda recebeu salário em todo o período. “Ele está recebendo dinheiro do contribuinte para fazer articulação eleitoral. É irresponsabilidade para um gestor se ausentar por tanto tempo. O prefeito deveria estar de licença há mais tempo para não dar prejuízo aos cofres municipais”, contesta.

Já o presidente do PPS/Uberaba, Alaor Carlos de Oliveira, não acredita que o grupo de oposição possa tomar providências e exigir relatórios sobre as viagens. De acordo com ele, mesmo com as informações é difícil conseguir resultado na Justiça porque a impunidade é um problema no Brasil. Por outro lado, Oliveira ironiza: “No meu entendimento, quanto mais longe o prefeito ficar dos cofres públicos, melhor”.

Por meio da assessoria de imprensa, Anderson posiciona que as ausências em Uberaba são justificadas pela necessidade de acompanhar de perto ações junto ao governo estadual e federal, como a planta de amônia, o alcoolduto e o gasoduto. Ele argumenta que Uberaba recebeu aproximadamente R$ 500 milhões em programas e projetos da União, sem contar investimentos significativos do Estado. “Isso não foi obra do Espírito Santo. Foi tudo graças a trabalho de equipe e à presença do prefeito nas diversas instituições. Os frutos estão aí”, disse.

De acordo com AA, todos os cuidados foram tomados nas viagens para evitar qualquer conotação diferente. O prefeito afirma estar pronto para apresentar qualquer documento do campo político e jurídico com vistas a comprovar não haver mau uso do dinheiro público.