O sistema adotado pelo governo federal para distribuir os royalties da camada pré-sal gera grande prejuízo à economia mineira. Contestação à política econômica parte do deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira, candidato do Partido Verde ao Governo de Minas.
Segundo ele, o Estado está de “joelhos” diante da política proposta pelo governo Lula. Para delinear o cenário nacional, o candidato remontou à Inconfidência Mineira, afirmando estar Minas Gerais em piores condições hoje se comparado ao movimento histórico.
As jazidas minerais são vendidas em leilão público internacional ou entregues ao primeiro que efetuar o registro de propriedade. No entender do ambientalista, a situação abre precedente para a atividade clandestina, uma vez que o Estado representa 15% da produção mineral do planeta.
O percentual contribuiu o ano passado para arrecadar apenas R$ 63 milhões, enquanto o Rio de Janeiro contabilizou R$ 10 bilhões e a Prefeitura de Campos, R$ 1 bilhão 250 milhões. “Falta estratégia em torno da produção e cabe ao governador dizer não a essa política”, analisou o candidato, comparando a economia de Minas com a chilena, que tem as mesmas dimensões, inspirando o modelo brasileiro de distribuição do pré-sal.
O deputado avança em sua crítica ao constatar a produção de café no Estado, responsável por 25% da produção que abastece o mercado mundial, aliada ao staff de maior bacia leiteira da América Latina. Conforme o candidato, Minas está em situação falimentar junto ao produtor rural, que padece a cada safra.
Para o Triângulo Mineiro, José Fernando afirma ser prudente o incentivo de commodities ao álcool, com produção socialmente justa e com sustentação ambiental. Segundo ele, a cana deve ser vista como matriz energética e não uma monocultura na região.