(Foto/Divulgação)
A apuração da denúncia de racismo feita por professora da Escola Municipal Jane Luce Araújo continua em andamento na Comissão Permanente de Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo da Câmara Municipal de Uberaba (CMU). De acordo com o presidente do colegiado, vereador Eloisio Santos (PSD), será necessário ouvir novamente um depoente e ainda não há previsão para a conclusão do processo. No âmbito municipal, a investigação concluiu que não houve infração funcional.
O processo na Câmara foi instaurado em março deste ano, com o início das oitivas. Durante sessão da CMU à época, o presidente da Comissão informou que a primeira pessoa a ser ouvida seria a vítima. Ao Jornal da Manhã, Santos explicou que a conclusão do processo depende de novo depoimento, já que um dos relatos apresentou contradições.
“Precisamos tirar uma dúvida, porque houve uma contradição em um depoimento. Chamamos a pessoa para esclarecimento, mas ela ainda não compareceu, adiou e não veio. Isso atrasou um pouco o encerramento da oitiva. Ela relatou estar resolvendo problemas pessoais, e estamos aguardando. Caso [ela] não compareça, vamos finalizar o processo como está”, explicou Eloisio.
Após o encerramento, a conclusão será lida na Câmara. O presidente da Comissão preferiu não antecipar o resultado, destacando que o processo ainda está em andamento. “Como se trata de uma CEI e de uma investigação, temos que ter cuidado para não expor ninguém. É uma situação delicada, envolvendo duas partes, e não queremos prejudicar nenhuma delas”, pontuou.
Quanto à apuração conduzida pela Controladoria-Geral do Município, a controladora Júnia Camargo informou que a investigação foi encerrada sem punições. “Não foi instaurado um processo disciplinar porque não verificamos a ocorrência de infração funcional”, afirmou.
O caso foi denunciado em plenário, também em março, pelo vereador Wander Araújo, após a diretora da escola relatar o ocorrido. Segundo o vereador, a servidora alegou que vinha sofrendo injúrias raciais na instituição de ensino há mais de um ano. Ela afirmou ter recebido uma cesta de café da manhã com produtos mofados, mordidos e com uma banana no topo. As ameaças teriam como objetivo forçá-la a deixar o cargo de direção da escola municipal.