Pela segunda vez, foi prorrogado o prazo para envio de propostas na chamada pública para aquisição de gás natural. A data-limite para os fornecedores manifestarem interesse encerraria no início de julho, mas agora foi postergada para o dia 27 de setembro.
A chamada pública está sendo feita pela Gasmig, em conjunto com as distribuidoras de Goiás e do Distrito Federal. Nenhuma das três empresas informou os motivos para a prorrogação de quase três meses no prazo. Apenas houve a publicação de errata no edital com o novo cronograma. A reportagem do Jornal da Manhã tentou contato diretamente com a Gasmig em Belo Horizonte, mas não teve retorno.
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O objetivo da chamada pública é formalizar a demanda de consumo dos três estados para viabilizar a construção do gasoduto que sairá do interior de São Paulo para atendimento ao Triângulo Mineiro, Goiás e Brasília.
Conforme o edital, a previsão é a compra de até 9,4 milhões de metros cúbicos/dia. Desse volume, até 3,5 milhões de m³/dia são para o atendimento a Minas Gerais. Já 3 milhões de m³/dia são destinados ao mercado goiano e 2,9 milhões de m³/dia para atender o Distrito Federal. O início de fornecimento está previsto para janeiro de 2031.
No edital, é informado que as propostas deverão ser apresentadas por empresas habilitadas para oferecer gás, independentemente da origem. Entretanto, o texto cita nominalmente que o produto deve ser disponibilizado nos pontos de entrega indicados e atendidos pelo sistema de transporte da Transportadora de Gás do Brasil Central (TGBC).
Até o momento, a Gasmig não esclareceu se haveria impedimento para participação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) no processo. A empresa está envolvida nas articulações com grupo responsável pelo projeto federal de interiorização do gás e já manifestou interesse na construção de duto do interior paulista até o Triângulo Mineiro, mas não tem ligação com a TGBC, citada no edital.