A Câmara Municipal não dispõe de recursos para conceder o reajuste de 10% solicitado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. Confirmação foi passada ontem no fim da tarde pelo presidente Lourival dos Santos (PCdoB). Embora o SSPMU já mantivesse contato sobre a majoração, ofício formalizando a reivindicação foi protocolado na sexta-feira passada (30), pouco antes do início da sessão extraordinária. Semelhante percentual foi solicitado à Prefeitura, que concedeu o reajuste retroativo a 1º de maio. Lourival dos Santos informou que a insuficiência financeira impede a concessão a todos os servidores, incluindo comissionados e 12 concursados. Estes últimos, se fossem contemplados, impactariam a folha de pagamento em R$ 5 mil por mês. Entretanto, se for concedido de forma igualitária, incluindo os assessores parlamentares, a elevação seria de R$ 40 mil, o que está definitivamente fora das condições do Legislativo. Lourival confirmou o recebimento do ofício demonstrando a disposição de conversar com os sindicalistas a respeito. Ele informou ainda estar em estudo pela Diretoria Geral a revisão do Plano de Cargos e Salários, mas considera prematuro qualquer afirmação. A situação financeira da Câmara foi agravada em dezembro do ano passado, devido à redução do duodécimo em R$ 256 mil determinado pela PEC dos Vereadores. Foram exonerados 141 servidores, sendo boa parte recontratada com salário reduzido em 30%. Também foram reduzidos o tíquete-alimentação e as despesas administrativas com gastos de telefone celular e viagens.