Previsão contratual de entrada em operação é para o início de 2025, mas tratativas com a empreiteira visam antecipar o funcionamento para o fim de novembro ou dezembro
Perfuração do poço tubular profundo no bairro Valim de Melo teve início em junho e a empresa teria oito meses para concluir a obra (Foto/Divulgação)
Codau tenta antecipar conclusão de obra de perfuração de poço profundo no Valim de Melo. Pelo contrato, a empresa teria até o início de 2025 para finalizar o serviço, mas o presidente da autarquia, Rui Ramos, espera que empreiteira entregue o novo poço antes do fim deste ano.
O prazo contratual para a execução da obra é de oito meses. Considerando o início dos trabalhos em junho, a empresa teria até março de 2025 para concluir a perfuração do poço.
No entanto, Ramos afirmou que foi feito um pedido à empresa para adiantar o cronograma. “Fiz um apelo para fazer em quatro meses. Quero ver se antes do fim do ano a gente está operando ele”, posicionou em recente entrevista à Rádio JM.
Mesmo se a empresa conseguir entregar a obra no prazo solicitado pela Codau, o poço profundo não ficaria pronto a tempo de reforçar o abastecimento de água no atual momento de estiagem. A previsão seria que o poço estivesse em funcionamento somente entre novembro e dezembro, quando as chuvas já devem ter voltado.
Com investimento de R$4,270 milhões, o poço profundo no Valim de Melo atenderá a região sul da cidade. A localização é estratégica, porque o setor passa por crescimento populacional e a estrutura reforçará o abastecimento para bairros como o Jardim Itália, Isabel Nascimento, Rio de Janeiro, Valim de Melo, Chica Ferreira e Gameleiras. A obra está sendo realizada pela Uniper – Hidrogeologia e Perfurações, de Araraquara (SP).
Processos licitatórios para a construção de outros dois poços profundos também devem ser lançados ainda este ano pela Codau. O projeto é que as novas estruturas sejam implantadas nos bairros Recreio dos Bandeirantes e Jardim Espanha.
Conforme as informações da autarquia, o novo sistema de captação do rio Grande pode levar até quatro anos para entrar em funcionamento. Desta forma, os poços artesianos para uso da água do Aquífero Guarani são a alternativa para suprir a demanda imediata da cidade.
Obra da represa da Prainha, no rio Uberaba, segue parada desde 2020 e ainda sem data para a retomada (Foto/Arquivo)
Autarquia ainda espera a revisão de projeto pra retomar obra da Prainha
Ainda aguardando término da revisão do projeto técnico da represa no rio Uberaba, o presidente da Codau, Rui Ramos, continua com expectativa de realizar, antes do fim do ano, o processo licitatório para a retomada da obra da Prainha.
A entrega do projeto de revisão estava prevista inicialmente para o fim de 2023, mas foi postergada para o primeiro semestre deste ano e o prazo depois foi estendido até outubro.
Apesar da última prorrogação, havia a expectativa de que a empresa responsável entregasse o material até junho, o que não se confirmou.
Questionado, Ramos informou em recente entrevista à Rádio JM que a empresa não havia entregado o projeto revisado até o início deste mês. Ele não citou previsão de data para receber o material.
Mesmo com os entraves, Ramos espera que a revisão do projeto técnico seja apresentada em tempo hábil para dar seguimento ao processo licitatório da obra antes do fim do atual mandato, mas não acredita que haja prazo suficiente para que os serviços comecem ainda em 2024. “Quero ver se faço a licitação este ano. Retomar a obra eu acho mais complicado, porque não me entregaram o projeto ainda. Mas vamos fazer força para deixar contratado”, posicionou.
A construção da barragem no rio Uberaba começou em 2020 e estava prevista para ser entregue em 2021, mas está paralisada há quase quatro anos, por problemas constatados no projeto.
Devido ao impasse, a Codau até rescindiu o contrato com a Construtora Nóbrega Pimenta, que tinha vencido a licitação para executar a obra. Por isso, é necessário realizar nova licitação para selecionar outra empresa para assumir o serviço.
Uma vez retomada a construção da represa, a estimativa inicial era um prazo em torno de dois anos para finalizar o serviço.