Comerciantes, moradores e profissionais que ocupam escritórios na rua Artur Machado não querem a implantação do calçadão até a avenida Presidente Vargas.
Percepção negativa quanto ao projeto ficou bem evidenciada durante a Audiência Pública realizada pela Câmara Municipal na quinta-feira (18) à noite. Muitos participantes se basearam na má conservação e deficiências de limpeza, iluminação e segurança do primeiro trecho para refutar a continuidade do prolongamento.
A votação, realizada no plenário, envolveu 20 pessoas na totalidade. Apenas uma votou favorável ao calçadão. Coordenado pelo vereador Cléber Cabeludo (PMDB), o debate apontou outras necessidades consideradas aptas a fortalecer e revitalizar a tradicional rua do comércio.
A mais emergente é solucionar a dificuldade de estacionamento, principalmente ao longo da via. Os lojistas aproveitaram a oportunidade para solicitar a liberação de estacionar os veículos nos dois lados da Artur Machado em dezembro.
A autorização concedida em anos anteriores elevou o movimento em 40%, conforme os relatos. O vereador se comprometeu em encaminhar à Settrans a solicitação do segmento comercial. Quanto à concretização do projeto, o parlamentar afirmou que o prefeito Anderson Adauto (PMDB) não bateu o “martelo” quanto ao assunto, devendo, portanto, ainda se reunir com o setor.
Diante da reação negativa, o Jornal da Manhã ouviu lideranças classistas a respeito. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fúlvio Ferreira, diz enxergar com muita tranquilidade a postura dos comerciantes. “A entidade não tem opinião formada sobre o que será melhor. É uma questão de escolha. Todos foram unânimes em pedir a revitalização da rua para que a Artur Machado volte a ser a tradicional rua do comércio.” O presidente da Aciu, Karim Abud Mauad, não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto.