Consultora ambiental do consórcio Petrobras, Mitsui e Camargo Corrêa (PMCC), Beatriz Mattos está em Uberaba programando uma audiência pública para apresentar o projeto
Consultora ambiental do consórcio Petrobras, Mitsui e Camargo Corrêa (PMCC), Beatriz Mattos está em Uberaba programando uma audiência pública para apresentar o projeto de construção do alcoolduto à população. Audiência é necessária para dar legitimidade à licença ambiental necessária ao empreendimento de 542km de extensão.
De acordo com a consultora, todo empreendimento de grande proporção necessita da licença ambiental do Ibama e tem que se fazer audiência pública em cada município de grande representatividade em sua área de influência. Uberaba é o primeiro município a ter a audiência do consórcio PMCC e será realizada no dia 14 de agosto, às 17h, no Shelton Inn Hotel, na avenida Filomena Cartafina.
O processo de licenciamento ambiental do alcoolduto começou em dezembro de 2008, quando o consórcio requereu o Termo de Referência. Para Beatriz, é muito importante a participação da população para dar mais legitimidade ao licenciamento ambiental.
Ela explica que o alcoolduto será instalado na faixa de dutos do Osbra, um oleoduto que sai de Paulínia, vai a Brasília e passa por Uberaba. “Essa faixa já está impactada e esse empreendimento já existe há quase 14 anos”, afirma Beatriz, explicando que o alcoolduto vai compartilhar a mesma faixa. Isso, segundo ela, significa que não haverá supressão de vegetação, nem impactos socioeconômicos. Ressalta ainda que serão adotadas medidas para monitoramento, apesar do baixo impacto ambiental.
O licenciamento é prévio e somente após análise dos relatórios mais detalhados o Ibama concede a Licença de Implantação, com início das obras previsto para janeiro de 2010. “O primeiro passo é sentir da população e dar aos órgãos competentes a ciência de que esse empreendimento é ambientalmente viável”, justifica a consultora.
O empreendimento visa a escoar toda a produção de álcool da região passando por Ribeirão Preto/Paulínia/Taubaté, para exportação no porto de São Sebastião, além de abastecer o mercado interno de São Paulo e Rio de Janeiro. A previsão é de investimentos de US$ 1 bilhão.