Deputado Marcos Montes assume Secretaria Geral do DEM

O DEM sacramentou ontem a escolha do senador José Agripino Maia (RN) como presidente da sua Executiva Nacional. O deputado federal Marcos Montes assume a Secretaria Geral, sendo na hierarquia o segundo homem do partido. Os nomes que vão comandar a sigla contemplam suas diferentes alas e foram escolhidos para preservar a unidade partidária, depois da crise interna instalada com o fiasco nas eleições de 2010. Segundo MM, as palavras de ordem agora são unidade e recomposição, ou seja, em se considerando a declaração do parlamentar, a sigla está buscando se encontrar para chegar forte às eleições de 2012.

A idéia do Democratas é investir nos eleitores da classe média, especialmente aqueles que chegaram há pouco tempo nessa faixa, e querem uma administração pública que garanta a eficiência dos serviços nas áreas de saúde, educação e segurança, por exemplo. Com esse objetivo, o partido não quer servir de mero suporte para a campanha presidencial de um tucano em 2014, mas deflagrar a estratégia nacional visando a assegurar sua sobrevivência política.  

Aqui, em Uberaba, o partido já se movimenta rumo à sucessão municipal, informa Montes, ao revelar para o Jornal da Manhã que está se fazendo mais presente no município, ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando teve que se ausentar para cuidar da sua campanha rumo à reeleição. Ele comenta que depois de oito anos afastado da cabeça de chapa na disputa, o Democratas poderá reivindicar o posto.

O último prefeito da legenda foi ele – à época o partido ainda era denominado PFL –, por dois mandatos. MM, contudo, assegura que a parceria com o PSDB deve ser mantida, assim como com os demais aliados, seguindo o contexto estadual. “Estamos construindo alianças para trabalhar um grande projeto para Uberaba, queremos reconstruir a linha política que aí está [se referindo à atual administração municipal], porque não concordamos com ela”, dispara Montes.

O deputado também é favorável ao sistema majoritário para a eleição aos cargos na Câmara, Assembleias e Legislativos Municipais. O tema faz parte das discussões que estão acontecendo no Congresso Nacional dentro do que se busca para efetuar a reforma política no País. Aos contrários à proposta, que alegam um possível enfraquecimento de várias legendas e a consequente hegemonia de outras siglas, ele pondera afirmando que haverá justamente o contrário.

Para MM, a utilização do sistema majoritário para a eleição de deputados federais, estaduais e distritais, e de vereadores, vai fortalecer as ideologias partidárias, ou seja, as agremiações terão em seus quadros aqueles que se identificam com suas propostas e que atuarão mediante aquilo que acreditam. Já o eleitor saberá melhor em quem estará votando. Ainda segundo Montes, se a nova regra emplacar, os chamados partidos de aluguel devem ficar sem espaço.