Lula realiza reunião ministerial para alinhar discurso e traçar prioridades para o fim do ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza nesta terça-feira (26/8) a segunda reunião ministerial do ano, reunindo os chefes das 38 pastas de seu governo, no Palácio do Planalto.

O objetivo do encontro é fazer um balanço do atual momento do governo e alinhar políticas e estratégias para o fim do ano, além de fazer cobranças. O presidente acredita que, no momento, uma das prioridades dos ministérios é avançar na conclusão de obras públicas, sobretudo no âmbito do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A reunião acontece no momento em que o governo volta suas forças para conter o tarifaço de 50% do presidente americano, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros, ao mesmo tempo em que o tema está no centro da comunicação do Executivo federal. 

A expectativa é que nesta terça-feira, o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, apresente um novo slogan para o restante do governo, substituindo o “União e Reconstrução”, que vem sendo adotado desde o início da gestão. A nova marca deve explorar conceitos como “soberania” e “povo brasileiro”.

Outro tema a ser tratado na reunião é a regulação das plataformas digitais. Após a Câmara dos Deputados ter aprovado o  “PL da Adultização”, o Planalto deve enviar ao Legislativo dois novos projetos de lei para tratar do tema e focar, por exemplo, na regulação econômica das big techs.

Além disso, Lula deve reforçar a importância da aprovação do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, uma das principais apostas para elevar a popularidade do presidente. O governo espera que a proposta seja aprovada nos próximos dias pela Câmara e antes do fim do ano no Senado, para que possa valer a partir de 2026.

Cenário diferente

Lula chega à segunda reunião ministerial do ano em um momento de maior conforto em relação à primeira, em janeiro. Com sua popularidade em queda, o governo estava na defensiva. Tentava conter a crise do Pix, com aliados e o próprio presidente apontando problemas na comunicação, e também tinha como vilã a inflação dos alimentos.

Nos últimos meses, com o tarifaço, o discurso em defesa da soberania nacional e uma redução na inflação de itens básicos, o presidente teve um respiro em seus índices de aprovação e, após seguidas quedas, voltou a crescer nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2026.

Fonte: O Tempo