Os quatro deputados federais reeleitos por Uberaba votaram favoravelmente ao reajuste de seus salários a partir de fevereiro de 2011. Aelton Freitas (PR), Marcos Montes (DEM), Narcio Rodrigues (PSDB) e Paulo Piau (PMDB), além de outros 33 parlamentares da bancada de Minas que estavam no plenário da Câmara quarta-feira, disseram sim ao novo vencimento, que passará dos atuais R$16.512,09 para R$26.723,13. Como já acontece, eles mantêm o direito ao 14º e 15º salários todos os anos.
Outros nomes conhecidos do eleitorado mineiro também votaram pela aprovação da matéria, entre eles Edmar Moreira (PR) – o dono do castelo avaliado em quarenta milhões de reais, mas que não se reelegeu em 2010 –, Gilmar Machado (PT) – o mais bem votado do Triângulo – e Aracely de Paula (PR), que tem base eleitoral em Araxá, no Alto Paranaíba. O reajuste, que equiparou os vencimentos dos parlamentares aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, se traduzirá em um gasto mensal por mandato na Câmara da ordem de R$116 mil a R$131 mil, enquanto que no Senado os custos serão de R$130 mil a R$190 mil.
Esses números foram apurados pelo site Congresso em Foco e apontam, ainda, que o impacto nas despesas anuais com a remuneração dos congressistas (594 no total, sendo 513 deputados e 81 senadores) deixará de variar entre R$755 milhões e R$878 milhões e passará a oscilar entre o mínimo de R$843 mi e o máximo de R$966 milhões. Essas variações se explicam pela diversidade de benefícios aos quais os parlamentares têm direito, que dependem do Estado em que moram.
O reajuste aprovado pelo Congresso Nacional também alcança o presidente da República, o vice e todos os ministros de Estado.