Diego Rodrigues nega ter agido de forma irregular em visita a USF

O vereador Diego Rodrigues (PDT) diz confiar que trabalho de Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal de Uberaba (CMU) será técnico, e não político. O parlamentar reiterou que sua visita à Unidade de Saúde da Família (USF) Julieta Andrade, no bairro Recreio dos Bandeirantes, foi uma atividade rotineira de fiscalização do Poder Executivo. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM.

A Comissão Processante (CP) foi instaurada pela CMU, após recebimento de denúncia apresentada por um médico da unidade. O profissional acusa o vereador de quebra de decoro parlamentar, alegando que ele teria cometido excessos ao expor o servidor em redes sociais e no plenário da Câmara.

Durante a entrevista, Diego Rodrigues negou ter agido de forma irregular.
“Eu não gravo dentro de unidade, não mostro o servidor. Não é desta forma que exerço meu papel fiscalizador. Eu entendo que, naquele momento, estava fiscalizando o Executivo”, afirmou.

Segundo o vereador, a visita ocorreu após ele verificar, no Portal da Transparência, que a escala de atendimento da USF indicava a presença apenas de uma psicóloga naquele dia.

“Fomos ao local para conferir. A legislação municipal prevê que uma escala impressa deve estar disponível na unidade. Constatamos que, além do médico em questão, outros profissionais também não estavam presentes”, relatou.

De acordo com Diego Rodrigues, estavam na unidade apenas uma profissional de serviços gerais, uma secretária e a psicóloga. Ele acrescentou que a gerente da unidade também estava ausente, pois responde por mais de uma unidade.

Sobre o médico que apresentou a denúncia, o parlamentar explicou que o profissional atua no Programa de Saúde da Família e pode realizar atendimentos domiciliares.
“No momento da fiscalização, não nos informaram que ele estaria em atendimento externo. O vídeo gravado fora da unidade não mencionou nomes”, afirmou.

O vereador também comentou sobre a exibição da folha de ponto durante sessão da Câmara, alegando que o documento foi apresentado em resposta a um requerimento.
“Não citei o nome de nenhum servidor. Questionei apenas o preenchimento da folha e a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde sobre o controle do ponto”, declarou.

Ao falar sobre a comissão instaurada, Diego Rodrigues disse considerar o procedimento legítimo. “A Câmara cumpriu seu papel ao investigar uma denúncia recebida. É uma Casa política, mas confio que o trabalho será técnico”, concluiu.