Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) São Benedito, usuários do serviço protestam contra as condições do atendimento e apontam falhas. Desta vez o problema é a falta de leitos disponíveis nos hospitais da cidade.
A dona-de-casa Tânia Mara Sousa Barbosa conta, preocupada, que o marido foi internado, recebeu alta e continuou passando mal.
Diagnosticado com pneumonia dupla, o marido de Tânia aguardava vaga para ser transferido ao Hospital de Clínicas da UFTM. “Se houvesse mais hospitais, a situação seria diferente, minha paciência se esgotou”, relata.
Silvânia Soares levou a filha, que havia passado mal, e não está satisfeita com a triagem. “As pessoas que não estão bem têm que ficar esperando até quando?” – questiona Silvânia.
Quem também teve que abusar da calma foi Carla Cristina da Silva, que estava aguardando desde as quatro horas da madrugada de terça-feira (1º). A uma e dez da tarde de ontem ainda não estava liberada. Segundo ela, o exame realizado teria desaparecido. Por isso, a demora na finalização do atendimento. A moça ainda disse que as atendentes e enfermeiras não fornecem informações claras e por vezes são grosseiras com os pacientes.
De acordo com o secretário de Saúde, Valdemar Hial, a quantidade de leitos na UPA São Benedito pode até não ser suficiente, mas ele garante: “Estamos trabalhando com nossa capacidade máxima”. Hial ainda diz que está aguardando a chegada de mais três camas que serão usadas para atender pessoas com sintomas da nova gripe. Em relação aos outros hospitais, ele disparou: “Espero que outros hospitais também abram as portas, mesmo os particulares, já que a demanda é grande”.
A assessoria de comunicação do Hospital de Clínicas disse que a falta de leitos pode acontecer, já que lá são atendidos todos os casos graves, e que as vagas são reguladas por uma central. Porém, teria que confirmar com outros setores se a informação procedia.