Rebatendo críticas da oposição quanto ao crescimento do número de comissionados, a prefeita Elisa Araújo (PSD) negou que os cargos de confiança tenham causado inchaço na folha de pagamento da Prefeitura e aumento de gastos com pessoal.
Conforme dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a despesa com pessoal da Prefeitura saltou de R$483.486.067,92 em 2021 para R$779.484.186,80 no ano passado. Com isso, o percentual da receita destinada à folha aumentou de 32,47 % para 42,37 %.
Em entrevista à Rádio JM, a chefe do Executivo argumentou que o número de cargos de comissão é pequeno em comparação com o total de mais de 9.000 servidores da Prefeitura, que representam a maior parte do volume da folha de pagamento. “Quem fala em inchaço da máquina não sabe o que está falando. Está falando borracha ou querendo criar narrativa”, rechaçou.
Segundo a prefeita, o aumento dos gastos com pessoal ao longo do mandato é resultado da valorização do funcionalismo. “Os valores aumentados na folha de pagamento da Prefeitura são direito dos servidores. Quando entrei, em 2021, as progressões e promoções, que são benefícios pagos aos servidores quando completam tempo e atingem as metas, estavam represadas. Como a gente aplicou o que é direito do servidor, aumentou o volume da folha. Isso é natural”, ponderou.
Além disso, Elisa ressaltou que houve a liberação de férias prêmio pendentes, reajustes salariais e revisão dos vencimentos para carreiras que estavam em defasagem no ano passado, o que também traz impacto no volume da folha de pagamento da Prefeitura.
Apesar de ter ultrapassado o percentual de 40% de gastos com pessoal, o município segue bem abaixo dos patamares estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O limite prudencial prevê um índice de 51,3% de despesas com pessoal.