Empréstimo de R$ 121 milhões para a Codau volta à pauta da Câmara nesta 2ª

Projeto referente ao empréstimo de R$ 121 milhões volta à pauta de votação da Câmara Municipal e vereadores devem decidir nesta segunda-feira (13) se autorizam o município a contratar financiamento junto à Caixa Econômica Federal para obras de saneamento básico.

A proposição estava prevista para ser votada na última semana, porém acabou sendo retirada da pauta porque o Executivo tinha dúvidas se haveria número de votos suficientes para aprovação da proposta.

A operação de crédito é pretendida pela Codau para a implementação de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na região Sul de Uberaba e para corrigir deficiências na infraestrutura de distribuição de água. Também estão incluídas no bojo do empréstimo medidas para reduzir as perdas de água em todo o município, como a substituição de redes, projetos de setorização e melhorias no Centro de Controle Operacional da Codau.

Se autorizada pela Câmara, a Prefeitura poderá contrair financiamento de R$115.025.452,39 junto à Caixa e deverá desembolsar mais R$6.053.971,20 referentes às contrapartidas. O empréstimo terá um prazo total de 288 meses, com período de carência de 48 meses a partir da data de assinatura do contrato.

Em meio a críticas da oposição sobre endividamento da Prefeitura devido à contratação de mais um empréstimo, o presidente da Codau, Rui Ramos, defendeu a operação e argumentou em entrevista à Rádio JM que a captação de recursos era necessária para não inviabilizar novos loteamentos em Uberaba.

O dirigente da companhia posicionou que sem investimentos para a ampliação de abastecimento de água e de tratamento de esgoto, não haveria condição de liberar mais nenhum novo empreendimento na cidade porque o sistema público já está no limite.

Segundo Ramos, a incapacidade de atendimento pelo sistema público demandaria que os empreendedores assumissem o investimento para implantação de poços profundos e de soluços de tratamento de esgoto, o que levaria ao aumento de custos e até poderia resultar na migração de projetos para outras cidades. (GB)