POLÍTICA

Ex-assessora de Piau responde por farra das passagens aéreas

Lista dos 45 funcionários acusados de comércio ilegal de cotas aéreas parlamentares foi divulgada ontem no site Congresso em Foco. O relatório aponta que os assessores

Gisele Barcelos
Publicado em 06/01/2010 às 00:18Atualizado em 20/12/2022 às 08:41
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Lista dos 45 funcionários acusados de comércio ilegal de cotas aéreas parlamentares foi divulgada ontem no site Congresso em Foco. O relatório aponta que os assessores estão ligados a 39 deputados, entre eles o uberabense Paulo Piau (PMDB). Após suspeita de comercializar passagens aéreas adquiridas com dinheiro público, a Comissão de Sindicância da Câmara abriu processo administrativo contra os servidores para averiguar irregularidades. O relatório também foi encaminhado para o Ministério Público.   No gabinete de Piau, a secretária parlamentar Maria Elizabeth Canuto Calais está respondendo a processo administrativo. Questionado sobre o assunto, o deputado afirma já ter conhecimento da situação e informa que a funcionária prestou depoimento à comissão, porém, desconhece as alegações feitas pela assessora. Conforme o parlamentar, as dúvidas surgiram devido a crédito de aproximadamente R$ 500. Entretanto, ele defende que não houve irregularidade. Segundo Piau, Maria Elizabeth emitia as requisições de passagens áreas e fez uma troca com o gabinete de outro deputado, fato que antes era rotineiro na Casa. “A Câmara e o Senado tinham sistema pouco transparente. Tinha cota para tudo e a gestão era feito pelos gabinetes. A permuta era algo natural”, argumenta.   Maria Elizabeth foi exonerada da equipe do deputado no dia 8 de setembro de 2008. De acordo com Piau, a saída ocorreu a pedido da assessora, pois recebeu convite para ocupar cargo no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). “Onde há dúvida tem que buscar esclarecimento. Mas eu confio na minha assessoria. Não vejo possibilidade de haver prática ilegal”, afirma, descartando também prejuízos à imagem política: “Não há procedimento errado. Agimos conforme a norma da Casa. Estou absolutamente tranquilo”. O relatório divulgado lembra o escândalo da máfia das passagens, em que o as cotas aéreas foram vendidas a agências de turismo. Pelo menos, um deputado tentou, ele mesmo, negociar seus créditos acumulados. Segundo informações do Congresso em Foco, o parlamentar, até o momento, não é investigado pela Corregedoria. (GB)

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