Funcionários exonerados da Prefeitura reclamam de atraso no pagamento do acerto trabalhista. Um dos denunciantes, que prefere não ser identificado, disse à reportagem do Jornal da Manhã que o contrato terminou em junho e ainda não havia previsão de recebimento do valor. “Já fui à Justiça do Trabalho e me falaram que isso é ilegal”, protesta.
Questionado sobre o assunto, o secretário municipal da Fazenda, Wellington Fontes, admite que o atraso no pagamento do acerto e rescisões é “novela antiga” na Prefeitura. Segundo ele, o problema ocorre porque o processo burocrático é complexo e demorado, mas não descarta também a influência da queda na arrecadação. “Cada exoneração chega individualmente ao setor de recursos humanos, que precisa juntar todos os processos num bolo só e montar outra folha de pagamento. Depois, precisamos correr atrás de recursos financeiros para pagar. Isso não é resolvido do dia para a noite”, explica.
Segundo Fontes, além do período necessário para exames médicos de demissão, na Secretaria da Fazenda o prazo mínimo para liberação dos recursos é de 30 dias, pois não é possível quantificar o valor com antecedência e a receita não está programada no orçamento.
O secretário promete, entretanto, que a questão terá atenção especial a partir de agora, conforme determinação do prefeito Anderson Adauto. “Vamos encaixar dentro das prioridades financeiras. A intenção é reduzir a espera para, no máximo, 30 dias”, afirma.