CRUZADA POR VOOS

Fim de voos não desacelera obras no Aeroporto de Uberaba

Segundo a Aena Brasil, as obras em andamento no Aeroporto de Uberaba seguirão o cronograma proposto, cujo fim é previsto para junho de 2026; em contrapartida, o último voo operado pela Gol na cidade decolou nesta quinta-feira

Larissa Prata
Publicado em 29/05/2025 às 17:03
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Aeroporto Mário de Almeida Franco, em Uberaba (Foto/Divulgação)

Aeroporto Mário de Almeida Franco, em Uberaba (Foto/Divulgação)

Em meio ao fim de dois dos três voos operados no Aeroporto Mário de Almeida Franco, a Aena Brasil reafirma interesse em Uberaba, apostando na pujança econômica do município. A concessionária assumiu o terminal uberabense em novembro de 2023, após arrematá-lo no lote que incluía o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, prometendo aumento na malha aérea e modernização das instalações. Contudo, revés duplo este ano é encarado como um momento estratégico para impulsionar investimentos no aeroporto, tendo em vista que as obras em andamento não irão desacelerar, segundo a concessionária. A previsão é que as obras sejam finalizadas em junho de 2026.

Questionada pelo Jornal da Manhã acerca dos rumos a serem dados para o Aeroporto de Uberaba com o fim de duas das três rotas operadas até então, a Aena Brasil diz que "seguirá firme". "A Aena seguirá firme no seu trabalho de ampliação da oferta de assentos nos aeroportos em que atua, seja pelo incremento do número de voos, pela busca por novas rotas e por operações em aeronaves maiores. Este é um trabalho conjunto que a concessionária realiza a muitas mãos com os principais operadores do país, representantes de governos e com o trade turístico local. Além disso, para atrair novos voos, a empresa também dispõe de programas de incentivo que premiam as companhias aéreas pelo aumento do número de embarques em seus aeródromos", pontua a concessionária.

Desde que assumiu o aeroporto, diversas obras estão sendo realizadas. A Aena destaca a ampliação do terminal, passando de 1.500 m² para 4.300 m²; sala de embarque com dois portões e 380 m²; ampliação da pista de pouso e decolagem em 70 metros; balcões de check-in com 8 posições e 70 m²; controle de segurança (raio-X) em área de 170 m²; restituição de bagagem com uma esteira em área de 216 m²; reconfiguração do pátio de estacionamento de aeronaves; novas áreas de escape no final da pista, em ambas as cabeceiras; recolocação de PAPI nas cabeceiras 17 e 35; e novos edifícios de apoio. "O ambicioso projeto de melhorias visa transformar a experiência dos usuários, bem como reforçar a segurança e a eficiência operacional", enaltece a nota encaminhada ao JM.

Vale pontuar que a obra está sendo executada pela construtora Matec. "A previsão é que a reforma esteja concluída até junho de 2026, beneficiando diretamente a região do Triângulo Mineiro e impulsionando o desenvolvimento econômico e o turismo local", pontua a Aena.

Contudo, questionada sobre a possibilidade de transformação do Aeroporto de Uberaba em cargas, como havia sido ventilado nos bastidores, a Aena Brasil não se manifestou.

Novos voos para Uberaba

O duplo revés também foi sentido pela Prefeitura Municipal, que igualmente não pretende tirar o pé do acelerador na busca por novas operações, tendo em vista que, como Geoparque, Uberaba precisa fomentar o turismo. Em entrevista à Rádio JM, a prefeita Elisa Araújo (PSD) confirmou as tratativas em alçar novos voos para a cidade, mas não detalhou as estratégias.

“O que a gente precisa reafirmar que nós não estamos ilhados, temos nossa importância. Somos prejudicados, sim, com essa suspensão dos voos, mas continuamos de cá lutando para que as empresas enxerguem aqui uma nova oportunidade. Temos algumas estratégias, não vou revelá-las no momento. Mas a gente está trabalhando nesse sentido para poder atrair outras empresas ou voltar com que essas empresas operem aqui. Existe uma tratativa junto com o governo do Estado, existe uma tratativa dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A gente tem que ter voo que vai trazer conexão para nossos visitantes, sejam eles de negócios, sejam eles para consumir o nosso turismo local”, pontuou a prefeita.

Elisa ainda relembra que o setor de aviação cabe à iniciativa privada e, como tal, a atuação política ajuda, mas não é determinante na tomada de decisão. "É uma iniciativa privada, não depende de ação política. Não é sobre a prefeita ter influência com a Azul ou com a Gol que isso vai mudar. É operação financeira de cada empresa. E aí quando a gente fala de situação Brasil, a gente vê todas as operadoras aéreas passando por dificuldades financeiras. As duas estão com recuperação judicial sendo negociadas", defende.

Fim dos voos

Os últimos voos operados pela Gol Linhas Aéreas em Uberaba decolaram nesta quinta-feira. Até então, a Gol Linhas Aéreas operava três voos por semana para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e completaria dois anos em Uberaba em maio, em um Boeing 737 com capacidade para até 186 lugares.

Além dela, a Azul Linhas Aéreas comunicou a suspensão da rota que liga Uberaba a Campinas, pelo Aeroporto de Viracopos, a partir de agosto. Com o fim da operação, Uberaba passa a contar somente com o voo para a capital mineira, Belo Horizonte, pelo Aeroporto de Confins.

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