POLÍTICA

Fim do monopólio no transporte coletivo deve vir com reajuste

Com a cidade dividida em duas áreas, cada uma das empresas vencedoras será responsável por explorar o serviço e o número de veículos aumenta de 112 carros para 128

Marilu Teixeira
Publicado em 29/07/2009 às 09:31Atualizado em 17/12/2022 às 05:15
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Embora continue apresentando problemas, com muitas reclamações sobre a qualidade da prestação de serviço, Anderson Adauto considera ter feito o que muitos não conseguiram, ou seja, concluir o processo licitatório para o transporte coletivo na cidade. “Eu concluí e acredito ter feito da forma que a sociedade gostaria, com o fim do monopólio”, avalia o prefeito, lembrando que no prazo de 18 dias estará chamando as empresas para assinar os contratos.

Com a cidade dividida em duas áreas, cada uma das empresas vencedoras será responsável por explorar o serviço. De acordo com Anderson, o número de veículos deve aumentar de 112 carros para 128, com 64 veículos para cada empresa. “A gente procura dar 50% do transporte para cada empresa, dividindo o número de quilometragem e de passageiros”, explica, ressaltando que tudo consta de estudos e já acordado entre elas.

Quanto a valores de tarifa, Anderson não descarta reajuste, mas, segundo ele, no momento estão sendo fechadas as planilhas. “Eu estou há dois anos sem aumento e vejo com naturalidade se tiver alguma coisa”, disse. Entretanto, para ele, o que vai definir são os estudos.

Anderson vê também com naturalidade a situação que a Transmil enfrenta às vésperas da assinatura do contrato para exploração do serviço. Reafirma que a empresa, para assinar o contrato, tem que estar com a documentação em dia. “Se tiver a documentação tem o contrato, senão a Prefeitura chama a segunda colocada. Isso não é problema. É uma questão que está sendo encaminha pela Prefeitura de forma técnica”, afirma Anderson, para quem a Transmil está correndo atrás da documentação.

Uma lei federal que permite o parcelamento dos débitos junto à Receita Federal, em até 180 meses, pode salvar a empresa. Mas o prefeito garante que o contrato a ser assinado é um instrumento que dá condições à administração municipal de fiscalizar não só a empresa, mas o serviço como um todo, como, por exemplo, atrasos. A penalidade, segundo ele, vai de multa a suspensão da concessão.

Linhas. Segundo o secretário de Planejamento, Karim Abud Mauad, também o número de linhas deve aumentar, passando das atuais 36 para 44. Entretanto, de início serão 38 linhas. Alterações mais drásticas só serão efetuadas a partir de janeiro de 2010.

Karim também acena com a possibilidade de reajuste na tarifa. Para ele, houve avanços no sistema de transporte como um todo, com bilhetagem, monitoramente e melhoria dos abrigos. “Pode ocorrer. Ainda não tenho um percentual e nem posso afirmar se terá ou não”, encerrou, afirmando que estudos estão sendo avaliados.

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