O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando a primeira reforma no Cadastro Único em 14 anos, que é a base para cerca de 2.000 benefícios sociais no Brasil, incluindo o Bolsa Família. O cadastro abrange 94 milhões de pessoas, e suas informações são essenciais para a alocação de R$ 280 bilhões anuais em políticas sociais.
A reforma inclui a concessão de cashback para famílias de baixa renda, previsto para 2026, e entrará em vigor em março de 2025, prometendo melhorar a qualidade dos dados e a distribuição dos benefícios. O novo sistema permitirá a interligação de mais de 20 bases de dados governamentais e automatizará processos, eliminando o atual método manual e reduzindo pagamentos indevidos. Além disso, assistentes sociais terão ferramentas para preenchimento automático de formulários e checagem em tempo real.
A atualização visa corrigir problemas criados durante a gestão de Jair Bolsonaro, como a explosão no número de famílias unipessoais, e será complementada por novos indicadores de vulnerabilidade e mapas estratégicos baseados no Censo de 2022. A capacitação dos agentes do CadÚnico será online, dando maior flexibilidade.
Programas como Bolsa Família, BPC, Auxílio Gás e a tarifa social de energia serão mantidos e aprimorados, com o cashback sendo uma nova adição pós-reforma tributária.