Grito dos Excluídos distribui pamonhas e defende a soberania e a democracia
(Foto/Divulgação)
Movimentos sociais, igrejas e entidades sociais participaram no domingo (7), na praça da Abadia, do 31º Grito dos Excluídos. O evento é realizado tradicionalmente no dia em que se comemora a Independência do Brasil e neste ano teve como tema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é Luta de Todo Dia”.
O evento realizado em Uberaba contou com apresentações artísticas, do Brava Rima, Bloco Unidos da Democracia e Coral Afro. Também foram promovidas oficinas sobre Africanidade, Percurssão e Coleta Seletiva. O Grito dos Excluídos contou ainda com uma pamonhada solidária, com distribuição gratuita aos participantes.
Os movimentos sociais que participaram do evento também se manifestaram pelo fim da jornada de trabalho 6x1, pela taxação dos mais ricos, contra o tarifaço promovido pelos Estados Unidos, em defesa do povo palestino e contra as escolas cívico-militares.
Os participantes do evento destacaram que o ato realizado no dia em que comemora a Independência do Brasil combina a luta geral da sociedade e do povo brasileiro, que é a defesa de sua soberania. Mas o Grito dos Excluídos também quer mais democracia e mais direitos. Foi ressaltado que ainda há uma série de lutas dos trabalhadores, como o fim da escala 6x1.
O Grito dos Excluídos e Excluídas aconteceu em todos os estados do país durante o feriado da Independência, com o objetivo de levar às ruas as reivindicações de movimentos sociais, especialmente de minorias políticas.
A proposta nasceu em reunião de avalição do processo da 2ª Semana Social Brasileia, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu nos anos de 1993 e 1994. Surgiu como forma de dar continuidade e concretizar os debates e o tema da semana “Brasil, alternativas e protagonistas”, ou “O Brasil que a gente quer”. Assim como foi inspirada no lema da Campanha da Fraternidade de 95, que tinha por tema “Fraternidade e Excluídos” e o lema “Eras tu, Senhor?”.
Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro para a realização do Grito estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência, proclamado por um príncipe, em 1822.