Com permanência assegurada na Secretaria Municipal de Saúde, Valdemar Hial coloca como prioridade resolver problemas nos estoques de medicamentos e insumos na rede pública. Itens em falta ainda são alvo de reclamações dos usuários, principalmente no programa Remédio em Casa.
Segundo Hial, ainda existem recursos suficientes para compra de medicamentos e outros materiais, como seringas e agulha. O secretário afirma que o problema é a logística para compras no setor público, pois é necessário obedecer aos prazos legais para abertura de licitações. “Nós estamos ainda num desencontro em relação às compras. Precisamos de um denominador comum entre as secretarias de Saúde e Administração”, salienta.
De acordo com o titular da Saúde, o fornecimento de remédios para as farmácias básicas é responsabilidade conjunto do Estado, União e do município. Hial afirma, no entanto, que ocorrem atrasos no repasse da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG) e a situação atrapalha o planejamento. “Queremos manter estoque, para quando o Estado falhar nós termos os itens e continuarmos com o tratamento dos pacientes”, justifica.
Por outro lado, o secretário pondera que o surgimento de ações judiciais para atender demanda de usuários complica a resolução dos problemas. Ele lembra que os juízes chegam a determinar o fornecimento de remédios e insumos em até 24 horas, o que é inviável do ponto de vista do planejamento. “Só com mandados judiciais já gastamos R$ 1,6 milhão este ano. Quantos remédios da área básica não poderíamos ter sido comprados? Quando acabar o dinheiro não teremos saída mais”, finaliza.