A indefinição quanto ao local que abrigará a fábrica de amônia da Petrobras levou ao adiamento da assinatura do protocolo de intenções entre o Governo do Estado e a empresa
A indefinição quanto ao local que abrigará a fábrica de amônia da Petrobras levou ao adiamento da assinatura do protocolo de intenções entre o Governo do Estado e a empresa, programado para esta sexta-feira, 21. O evento, que traria à cidade a presidente Dilma Rousseff – presença confirmada e desmarcada nas últimas horas – e o governador Antonio Anastasia (PSDB), foi adiado a pedido da própria Petrobras e, segundo sua diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, esperava-se que naquela data “o processo que define o terreno no qual será construída a planta já estivesse concluído.”
Ainda segundo a executiva, a expectativa era de que o imóvel já estivesse disponível para a empresa iniciar, em março, os trabalhos de sondagem. Ela, no entanto, assegura que este adiamento não coloca em risco o projeto. Além disso, acrescenta que está mantida a reunião de trabalho prevista para amanhã, na Petrobras.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Uberaba, Carlos Assis Pereira estará nessa reunião, que poderá contar, ainda, com a participação do prefeito Anderson Adauto (PMDB).
Enquanto a Petrobras diz claramente que pediu o adiamento do compromisso por causa da indefinição quanto ao local da fábrica, a Prefeitura distribuía nota oficial justificando que a presença da presidente Dilma Rousseff daria outra dimensão ao evento, exigindo ações mais concretas em torno do empreendimento. Por essas ações entenda-se “pendências quanto à área onde será implantada a unidade de amônia no Distrito Industrial III”, ou seja, este é o real motivo para que o protocolo não fosse assinado nesta sexta-feira.
Ainda na nota oficial, a PMU atesta que a questão do terreno será tratada pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Cemig, responsável pela obra do duto, e que vai assinar o documento em nome do Governo do Estado com a Petrobras. Mas o prefeito garante que não medirá esforços para facilitar todos os entendimentos para a implantação da unidade e caso necessário, a Prefeitura compra o terreno.
“Isso jamais será empecilho para o projeto seguir adiante”, assegura AA. Quem lamentou o adiamento foi o presidente da Câmara, vereador Luiz Dutra (PDT), afirmando que foi colhido de surpresa com a notícia. Para ele, está passando da hora de tirarmos estes projetos [do gasoduto e da fábrica de amônia] do papel. Para o governador Anastasia a mudança de agenda tem seu lado positivo, já que ele chegaria à cidade em meio à indignação geral pela transferência – da noite para o dia – do então comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel João Lunardi.