O índice geral da cidade ficou em 2,74%, mas teve bairro que chegou a 20% de domicílios com focos do mosquito transmissor da dengue
O levantamento do índice de infestação do mosquito apontou uma leve redução em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi medido 3% (Foto/Reprodução)
Terceiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) mostra aumento na proliferação do mosquito em Uberaba e mantém a cidade em alerta para dengue. O município registrou 2,74% de infestação predial em outubro deste ano, enquanto o índice estava em 1,28% na pesquisa anterior realizada em agosto.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o atual resultado LIRAa teve leve redução. Após o início da estação de chuvas em outubro de 2023, o índice de infestação predial na cidade ficou em 3%.
Segundo o chefe da Seção de Controle de Endemias, Diogo Barros, os dados do levantamento permitirão intensificar as ações de combate ao vetor, incluindo mutirões nos bairros mais afetados, como Recanto das Torres e Jardim Santa Clara, que registraram infestação predial de 20%.
Também estão em situação de alto risco os bairros Pacaembu 2 (16,67%), Cyrela Landscape 2 (14,29%), Volta Grande (11,90%), Damha 2 (11,11%), Cidade Jardim (10,71%), Vila Leandro (10,71%), Jardim Indianópolis (10,34%), Residencial Flamboyant 3 (10%), Parque das Gameleiras (9,84%), Residencial Estados Unidos 2 (9,52%), Antônia Cândida (9,46%), Parque do Mirante (7,69%), Parque das Gameleiras (7,69%), Valim de Melo 1 (7,69%), Isabel do Nascimento (7,69%), Jardim Itália (7,55%), Jardim Alvorada (7,50%), Jardim Marajó 1 (7,41%), Portal do Sol (7,41%) e Jockey Park (7,14%).
Outros bairros registraram índice maior de proliferação do mosquito, mas ficaram na faixa entre 4% e 6%. A lista inclui: Alfredo Freire 2 (6,67%), Vila Planalto (6,38%), Vila São Vicente (6,32%), Bairro de Lourdes (5,88%), Cássio Rezende (5,77%), Chica Ferreira (5,66%), Vila João Pinheiro (5,56%), Vila São José (5,41%), Antônio Caiado (5,41%), Mário Franco (5,26%), Rio de Janeiro (5,21%), Centro (4,94%), Jardim Espírito Santo (4,76%), Vila Olímpica (4,65%), Santa Maria (4,61%), Beija-Flor 2 (4,55%), Jardim Felicitá (4,55%), Vanice Andrade (4,44%),Valim de Melo 2 (4,23%), Jardim de Marajó 2 (4,17%), Vila Arquelau (4,08%), Ilha Marajó 1 (4%) e Parque das Aroeiras (4%).
Entre as ações estratégicas estão programados reforços nas equipes de tratamento focal, operações de bloqueio costal e a intensificação da comunicação com a população para incentivar a verificação semanal de imóveis. As vistorias domiciliares são recomendadas uma vez por semana, enquanto os agentes da Prefeitura realizam o tratamento focal bimestralmente, conforme o manual do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).
Realizado ao longo da semana passada, o levantamento visitou 9.030 imóveis, superando a previsão inicial de 8.582 visitas. Foram identificados focos do mosquito em diferentes tipos de depósitos. Os principais incluem depósitos móveis, como vasos de planta e bebedouros para animais; depósitos ao nível do solo, como cisternas e tanques, e em lixo, especialmente em sacolas plásticas e garrafas vazias.
Baixo risco
Por outro lado, houve também áreas com baixo grau de proliferação do mosquito Aedes aegypti, o que permitiu puxar para baixo o índice geral de infestação na cidade. Os bairros Jardim Induberaba, Tamareiras, Jardim Espanha, Portal do Beija-Flor, Vila Celeste, Parque das Laranjeiras, Vila Maria Helena, Petrópolis, Jardim São Bento, Morada do Sol, Jardim Triângulo, Frei Eugênio, Residencial Estados Unidos, Oneida Mendes, Parque dos Buritis e Cartafina ficaram com percentual inferior a 1%, o que é considerado como baixo risco no parâmetro do Ministério da Saúde.