O secretário municipal de Planejamento, Karim Abud Mauad, recebeu todo o apoio do prefeito Anderson Adauto no episódio envolvendo os servidores...
O secretário municipal de Planejamento, Karim Abud Mauad, recebeu todo o apoio do prefeito Anderson Adauto no episódio envolvendo os servidores de sua pasta. Na sexta-feira (24), Karim se reuniu com os funcionários, quando teria dito que “adestraria” aqueles que estavam acostumados a falar diretamente com o prefeito.
O secretário nega qualquer intenção de ofensa, afirmando que a reunião foi pacífica, inclusive com aplausos ao final e a sugestão de um churrasco de confraternização. Ainda segundo Karim, aquela não foi a primeira reunião com os servidores, como afirma fonte do Jornal da Manhã. “Já realizei algumas setoriais, com cargos de chefia”, garante, acrescentando que está disponível sempre para seus colaboradores. “Fiquei surpreso com a matéria porque apresentamos os novatos, projetos e até recebemos sugestões”, conta Karim, explicando não se lembrar de ter usado a palavra adestrar.
Entretanto, afirma que, caso a tenha usado, ela nada tem a ver com animais. A palavra, segundo ele, é usada para definir capacitação, habilidade de instrução, treino, educação e considera normal se a usou. De acordo com ele, ontem encontrou na secretaria um clima de constrangimento entre os servidores, além de receber vários telefonemas de solidariedade, inclusive do próprio prefeito. “Já estou de alma calejada e sempre soube separar o joio do trigo”, disse Karim, alegando não ser seu estilo provocar constrangimentos a quem quer que seja, mesmo porque gente é o que ele mais gosta.
Dicionário. Anderson Adauto, por sua vez, não considera inabilidade do secretário o fato de ter usado a palavra em reunião com os servidores e ainda sugeriu a quem tiver dúvidas ou se sentiu ofendido, que procure “o pai-dos-burros”, ou seja, o dicionário. “Ele vai ver que adestrar é um processo de educação. Não tem ofensa alguma falar que tem que fazer um processo de aprimoramento, de educação, de como as coisas têm que funcionar no campo da gestão”, defendeu Anderson.