Presidente do Legislativo, Ismar Marão, apresentou requerimento endereçado ao governador Zema, pedindo a reposição salarial para servidores da área de segurança (Foto//Rodrigo Garcia/CMU)
Câmara Municipal aprovou requerimento endereçado ao governador Romeu Zema (Novo), cobrando recomposição salarial para servidores da área de Segurança Pública. No documento, o Legislativo de Uberaba solicita que o Estado conceda o percentual de 24% de reajuste para a categoria.
De autoria do vereador Ismar Marão (PSD), o documento pleiteia o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa estabelecendo a aplicação do índice de 12% referente à recomposição salarial retroativo ao dia 1º de janeiro deste ano e mais 12%, a partir de 1º de janeiro de 2026.
Autor do requerimento, o parlamentar afirma que o atendimento ao pleito será uma forma de reconhecimento e valorização dos servidores das forças de segurança. “Esta medida ainda não recompõe integralmente o que é devido à categoria, mas ao menos resgata o compromisso firmado pelo governo do Estado, em 2019, e que, até o momento, não foi cumprido”, disse.
Ismar ponderou que houve avanço com a concessão do auxílio-alimentação aos integrantes das Forças de Segurança do Estado. Entretanto, o vereador considera que a medida ainda está aquém do trabalho desempenhado pela categoria. “As nossas perdas inflacionárias dos últimos anos ultrapassam 40% e devem ser consideradas sobre a remuneração dos servidores e não compensadas com auxílios, até porque não somam às aposentadorias e quebram, de forma gritante, a paridade que deve existir sobre ativos e inativos”, continua o requerimento.
A recomposição salarial tem sido motivo de embate entre o pessoal da Segurança Pública e o governo estadual, resultando inclusive em protestos da categoria em Belo Horizonte às vésperas do carnaval.
Em coletiva de imprensa na última semana, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), chegou a afirmar que não haverá reajuste salarial para os servidores públicos em 2025.
Segundo o vice, a decisão foi motivada pelo veto do governo federal a trechos da proposta do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que não permitiu o abatimento de cerca de R$3 bilhões por ano da dívida mineira com a União. Simões argumentou que o impacto inviabilizou a recomposição das perdas inflacionárias prometida para este ano.