150 agentes de endemias atuaram para apurar o LIRAa, percorrendo em torno de 7 mil imóveis no período de 5 a 9 de agosto (Foto/Reprodução)
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou nessa segunda-feira (19) os resultados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em agosto de 2024 em Uberaba. De acordo com os dados apresentados, o Município registrou índice de 1,28% de incidência do mosquito no Município. O resultado apresenta aumento na infestação do mosquito se comparado com o mesmo mês do ano passado, quando se apurou a presença do Aedes em 0,94% dos domicílios.
O terceiro levantamento de 2024 foi realizado pelo Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias, via Seção de Controle de Endemias. Ao todo, 150 agentes de endemias participaram do LIRAa, percorrendo em torno de sete mil imóveis de 5 a 9 de agosto.
Os dados do 3º LIRAa indicam redução nos índices em comparação com o levantamento anterior. O 2º Levantamento do LIRAa, realizado em maio deste ano, foi de 2,36% de incidência do mosquito no Município. O resultado apontou para queda na classificação de risco de possível epidemia de dengue, se comparado com o levantamento do início do ano (janeiro), que registrou índice de infestação de 6,7%, indicando uma redução de 4,34% em comparação com o levantamento anterior e demonstrando a efetividade do trabalho realizado pelos agentes de combate a endemias no Município.
De acordo com o Ministério da Saúde, os níveis são avaliados seguindo os critérios: de 0% a 0,9%, para Baixo Risco de uma provável epidemia de dengue; de 1,0% a 3,9%, em Médio Risco (Alerta), e acima de 4,0%, em Alto Risco.
O chefe de Seção de Controle de Endemias, Diogo Barros, destacou as ações que serão intensificadas para prevenir um possível surto da doença na cidade. Entre as medidas, estão a realização de mutirões de controle nos bairros com maiores índices de infestação, o reforço das equipes de tratamento focal nas áreas mais afetadas e o aumento das ações de bloqueio costal para impedir a proliferação do mosquito.
“Orientamos que a população se sensibilize quanto à importância de realizar vistorias semanais em seus imóveis para eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. Mesmo com o índice relativamente baixo, é fundamental que a população mantenha a vigilância. A colaboração dos moradores, inspecionando regularmente seus imóveis e eliminando focos de água parada, é essencial para evitar a propagação do mosquito e, consequentemente, prevenir uma epidemia de dengue na cidade”, reforçou Barros.
Os bairros com maiores índices de mosquito foram: Ilha do Marajó, Novo Horizonte, Portal Beija-Flor, Mercês, Residencial Mário Franco, Estância dos Ipês, Morada das Fontes, Tutunas, Conjunto Boa Vista, Isabel do Nascimento, Cidade Jardim, Residencial Estados Unidos, Recreio dos Bandeirantes, Boa Vista, Parque dos Girassóis, Damha, Guanabara e Jardim das Palmeiras.
Os principais locais onde a equipe encontra focos são em depósitos móveis, como vaso de planta, pratos, frascos com plantas, bebedouros animais, fontes ornamentais e objetos religiosos/rituais, e em depósitos fixos, como calha, laje, ralos, sanitários em desuso, tanque de depósitos de obras, dentre outros. Os focos também foram encontrados em lixos, como: sacolas plásticas, garrafas vazias, casca de ovo, caixa de leite, ferro-velho, recicladoras e entulhos. E ainda em depósito ao nível do solo, como tanque de água, tambor, tonel, tanque, poço e cisterna, e em depósitos naturais, como buracos em árvores, bromélias, casca de coqueiro seca, carapaças e restos de animais.