EMPREGO E RENDA

Lula anuncia salário mínimo a R$ 1.320 e isenção do imposto de renda a R$ 2.640

De acordo com Lula, em maio, além do reajuste do salário mínimo, o governo vai retomar a política de piso usado em governos do PT

O Tempo
Publicado em 16/02/2023 às 09:11Atualizado em 16/02/2023 às 17:11
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quinta-feira (16), que vai reajustar o salário mínimo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir de 1º de maio, quando é comemorado o Dia do Trabalho. 

O aumento, segundo disse, foi acordado com os movimentos sindicais e com os ministérios do Trabalho e da Fazenda. De acordo com Lula, em maio, além do reajuste do salário mínimo, o governo vai retomar a política de piso usado em governos do PT. O parâmetro utilizado leva em conta o reajuste da inflação, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.  

"Já combinamos com movimentos sindicais, com Ministério do Trabalho, com o ministro Haddad, que vamos, em maio, reajustar para R$ 1.320 o valor do salário mínimo, e estabelecer nova regra para o piso, levando em conta, além da reposição da inflação, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia", declarou em entrevista à CNN. 

Durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, o piso nacional deixou de ter aumento real, ou seja, de acordo com a inflação. A regra do reajuste ocorreu entre 2011 e 2019. 

O presidente Lula confirmou também que irá elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.640. "Vamos começar a isentar em R$ 2.640 até chegar em R$ 5 mil de isenção. Tem que chegar, porque foi compromisso meu e vou fazer”, declarou. 

Divergência com equipe econômica

O aumento do salário mínimo ocorre a contra-gosto da equipe econômica do Governo Lula, que queria manter o valor nos atuais R$1302,00. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer, no dia 12 de janeiro, que não seria possível o reajuste, que era promessa de campanha do presidente Lula. 

Haddad disse à época que o possível declínio da proposta se dá pelo aumento no número de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), impactados pelo mínimo, o que afetou a reserva fiscal para o aumento.

O orçamento deste ano prevê R$ 6,8 bilhões para financiar o aumento do salário mínimo. Na transição de governo, a equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou o valor de R$ 7,7 bilhões como necessário para a alta real do mínimo, já considerando a ampliação de beneficiários. 

Fonte: O Tempo

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