REUNIÃO MINISTROS

Lula chama Bolsonaro de 'covardão' e que depoimentos comprovam tentiva de golpe

Em depoimento à Polícia Federal (PF), militares suspeitos de envolvimento em trama golpista relataram o papel de Jair Bolsonaro na tentativa de romper com a democracia brasileira

O Tempo
Publicado em 18/03/2024 às 10:39Atualizado em 18/03/2024 às 10:39
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Presidente Lula durante reunião ministerial desta segunda-feira (18) (Foto/Reprodução/Youtube)

Presidente Lula durante reunião ministerial desta segunda-feira (18) (Foto/Reprodução/Youtube)

Após vir a público os depoimentos dos militares das Forças Armadas do núcleo duro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a tentativa de um golpe de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (18), na abertura da reunião ministerial, que quem antes “tinha dúvida” que houve uma tentativa de ruptura do Estado democrático de direito no Brasil, “agora pode ter certeza”. 

O petista chamou ainda o adversário de “covardão” e que Jair Bolsonaro saiu do Brasil em dezembro de 2022, esperando que houvesse um golpe de Estado no país. 

“Hoje temos mais clareza sobre o 8 de janeiro [de 2023], porque sabemos o que aconteceu em dezembro. Hoje a gente tem clareza por depoimento de gente que fazia parte do governo dele, ou que estava no comando, inclusive das forças armadas, de gente que foi convidada pela presidente para fazer um golpe. Então, se há três meses, quando a gente falava em golpe, parecia apenas insinuação, hoje nós temos certeza que este país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022. Não teve golpe, não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiserem fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão, porque não teve coragem de executar aquilo que ele executou”, declarou o petista.

“Nós sabemos que houve uma tentativa de golpe no país. Quem tinha dúvida, agora podem ter certeza que por pouco não voltamos ao tempo tenebroso neste país”, disse. 

Os ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, complicaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em depoimentos à Polícia Federal (PF). Ambos disseram que o ex-chefe do Executivo não só sabia da chamada “minuta golpista” como apresentou, em reuniões no Palácio do Alvorada, opções de medidas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que envolviam prisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A equipe de O TEMPO em Brasília teve acesso à íntegra dos depoimentos de Freire Gomes e Baptista Júnior, após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, tirar o sigilo. O interrogatório aconteceu em 1º de março no âmbito da investigação sobre suposta trama liderada por Bolsonaro e que envolvia generais e ministros para dar um golpe de Estado visando a manutenção do ex-presidente no Palácio do Planalto. 

Os ex-comandantes contaram que Bolsonaro convocou reuniões no Palácio do Alvorada, logo a após a derrota para Lula no segundo turno das eleições de 2022, para apresentar “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”. 

Baptista Júnior relatou aos investigadores que Freire Gomes chegou a comunicar que prenderia Bolsonaro caso ele tentasse colocar em prática um golpe de Estado. Por outro lado, o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, colocou as tropas à disposição ao discutir as minutas apresentadas por Bolsonaro, segundo Baptista Júnior.

Fonte: O Tempo

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