Conversas para formatação da equipe de transição no governo federal se intensificaram esta semana. Cerca de 20 pessoas já foram nomeadas para auxiliar a passagem de comando de Lula (PT) para a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT). Lideranças partidárias já se articulam para indicar nomes e os parlamentares da base aliada, Aelton Freitas (PR) e Paulo Piau (PMDB), querem fortalecer a representação de Minas Gerais e especialmente da região no grupo.
Aelton conta que a direção do PR esteve com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, esta semana para discutir a participação no governo. Segundo o parlamentar, o partido aumentou a bancada para 41 deputados eleitos e quer apenas manter o Ministério dos Transportes. “Nossas solicitações foram anotadas e houve a garantia de manter o espaço que os partidos tinham”, salienta.
Quanto à inclusão de representantes de Uberaba no governo, o deputado afirma que esta negociação ocorre num segundo momento para definir os cargos de segundo e terceiro escalões. Segundo Aelton, caberá aos parlamentares trabalhar para permanência dos nomes já existentes.
O republicano cita o advogado Beto Vasconcelos, que despachava diretamente com Dilma na Casa Civil e deve ser levado ao Palácio do Planalto, e também o coordenador-geral do Dnit, Luiz Munhoz. “Foi o Anderson quem o levou a Brasília e eu consegui mantê-lo no posto durante o segundo mandato do Lula. Vou trabalhar para segurar o Munhoz onde está ou colocá-lo na diretoria do órgão”, disse, reforçando que também estará empenhado junto ao governo de Estado para a permanência do uberabense Maurício Cecílio no Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi).
Também empenhado nas costuras, o deputado Paulo Piau afirma que a prioridade é envolver Minas Gerais, pois o Estado deu a vitória à candidata e precisa estar bem representada na equipe. Segundo ele, articulações já estão em andamento dentro do PMDB mineiro nesse sentido. Entretanto, ele espera também maior presença regional no governo Dilma. “Queremos o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba no processo. É uma discussão inicial, mas é claro que, se pudermos colocar pessoas de Uberaba nos ministérios, é muito interessante”, declara.