O vereador Marcelo Machado Borges, o Borjão (PMDB), diz que a Câmara tem servido de palanque para as eleições de 2012 e que alguns de seus colegas – ele não cita quais – estão mudando de posição de olho no cargo de prefeito. “Dizem que sou apavorado, mas não é isso, é porque me revolta essa situação. É uma vergonha essa mudança de lado oportunista”, dispara o peemedebista com sua metralhadora verbal. Borjão, que se inclui no rol dos que são pré-candidatos à disputa pela sucessão de seu correligionário Anderson Adauto, pondera, contudo, que faz um trabalho sério na política e não tem rabo preso com ninguém.
E mais: o peemedebista garante que é o mesmo desde que entrou na Câmara, criticando o que está errado e enaltecendo o que está certo na Administração municipal. Nesse contexto Borjão também assegura que não é oposição e nem situação ao atual Governo, embora do mesmo partido de AA. O vereador revela, inclusive, que já disse ao prefeito que jamais o esfaquearia pelas costas, mas que ele seria traído por aliados com assento na Casa.
“Hoje vejo alguns vereadores mudando de lado e puxando o tapete do prefeito. Envergonha-me ver o posicionamento de alguns colegas, como nesta semana, quando passaram a criticar o Água Viva, o que não faziam até o final do ano passado”, aponta Borjão. Segundo ele, essa situação contribui para que os políticos fiquem desacreditados e por isso, entende que é real o risco de se repetir o pleito de 2002, quanto apenas quatro detentores de mandato no Legislativo conseguiram se reeleger.
Na linha do bate e assopra, o peemedebista ainda diz que a atual Câmara tem um nível cultural e de formação mais elevado, mas tem muita omissão, o que o entristece. (RG)