POLÍTICA

Marcos Montes descarta fusão de partidos

Imagine o peemedebista Anderson Adauto e o democrata Marcos Montes no mesmo partido. Conseguiu? Não? Mas esta possibilidade não está de todo descartada

Renata Gomide
Publicado em 15/11/2010 às 00:27Atualizado em 17/12/2022 às 06:55
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Imagine o peemedebista Anderson Adauto e o democrata Marcos Montes no mesmo partido. Conseguiu? Não? Mas esta possibilidade não está de todo descartada, não que eles estejam se alinhando ao mesmo grupo, mas existe uma ala do DEM nacional que se mobiliza visando a uma fusão com o PMDB. As articulações estão sendo comandadas pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e tem a simpatia de pesos pesados, como o presidente de honra da legenda, Jorge Bornhausen, e os senadores Demóstenes Torres e Kátia Abreu.

A justificativa para a manobra é reerguer o partido – que não saiu bem das urnas em 2010 – e dar-lhe visibilidade visando as eleições municipais daqui a dois anos e até caminhar para uma candidatura própria à presidência da República. A independência também é objetivo do DEM e nesse sentido se justificaria o distanciamento do seu aliado de anos, o PSDB.

Reestruturações têm sido uma constante na agremiação, que em 2007 deixou de se chamar PFL para ser o DEM. O motiv justamente porque nas eleições gerais do ano anterior o partido registrou um desempenho insatisfatório, com a redução da bancada na Câmara e a eleição de apenas um governador, José Roberto Arruda, no Distrito Federal. Acusado de chefiar um esquema de distribuição de propinas a parlamentares, o que já se convencionou chamar de “mensalão”, o então chefe do Executivo do DF renunciou, em 2010, mas o estrago na imagem da legenda já estava feito.

A concretização dessa suposta fusão, contudo, passará primeiro pela presidência do DEM, atualmente nas mãos do deputado federal Rodrigo Maia (RJ), eleito em 2007 por ser jovem e representar a oxigenação então desejada pela legenda. Na avaliação de Marcos Montes, “como todo partido que perdeu as eleições em nível nacional – Presidência da República – o Democratas busca neste momento um olhar interno, uma reorganização e definição de linhas futuras. Inicialmente o deputado federal reeleito é contra qualquer tipo de fusão do DEM, sigla da qual é um dos vice-presidentes nacionais, mas o assunto, naturalmente vai ser alvo de diálogo entre as lideranças dos Estados para se chegar à definição.

Amanhã acontece uma reunião em Brasília com as principais lideranças do Democratas no país, da qual MM irá participar. No seu entendimento, feita a avaliação do processo eleitoral nacional, o DEM deve se reorganizar, fortalecer e cumprir bem seu papel de oposição ao poder central, com responsabilidade, serenidade buscando a evitar que o novo Governo seja totalitarista como é o atual.

Também não – Já o prefeito Anderson Adauto disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não acredita nessa possibilidade. Segundo ele, a história dos dois partidos é muito diferente, suas origens são opostas, e uma fusão é sem sentido. No melhor estilo AA, ele completou afirmando que não é viável casamento de tatu com cobra.

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