Deputado Marcos Montes tem dedicado seu tempo quase que inteiramente às costuras para conquistar a liderança
O deputado federal Marcos Montes (DEM) tem dedicado seu tempo quase que inteiramente às costuras para conquistar a liderança da bancada do seu partido na Câmara, que tem 43 integrantes. Ainda ontem ele almoçou com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e os três parlamentares da legenda com assento naquela Casa e deixou o Estado com o apoio garantido dos quatro. Na sequência ele voou para São Paulo, onde permanece até quinta-feira, também articulando a sua eleição para o posto.
Naquela capital ele se reunirá com os deputados do DEM paulista e também participará de um jantar com o prefeito Gilberto Kassab. Montes admite que terá uma dura disputa pela frente, já que outro peso-pesado da legenda quer a liderança: Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, da Bahia, enquanto que outros dois postulantes já teriam desistido – um deles de Santa Catarina e o outro do Sergipe.
“Estou trabalhando muito, o posto é muito disputado, mas estou confiante. Será uma honra comandar a bancada do meu partido”, disse Marcos Montes. Ele acrescenta que, em se concretizando sua vitória, será muito importante para Minas e Uberaba e, especialmente, pelo momento político atual, com a mudança na presidência.
Marcos Montes diz acreditar que a presidente Dilma Rousseff (PT) é mais nacionalista do que seu antecessor, o também petista Luiz Inácio Lula da Silva, e, portanto, deve olhar mais o país do que ele. Contudo, o congresso vive um momento de disputa entre o Partido dos Trabalhadores e o PMDB, por conta dos cargos no âmbito da União, daí a importância de uma bancada forte e bem conduzida, finaliza MM.
Regras. Sobre as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tramitam na Casa visando à proibir a posse de suplentes em períodos de recesso parlamentar, MM foi direto ao ponto, afirmando que “a Câmara precisa reciclar”.
As substituições são previstas na Constituição e, desde 23 de dezembro até agora, nada menos do que 40 deputados tomaram posse para mandatos que terão fim no dia 31 de janeiro. Na opinião de Montes, trata-se de uma medida desnecessária, dispendiosa e com pouco resultado prático em termos de produção legislativa.