Assumindo efetivamente as funções na Gasmig a partir desta semana, o novo diretor administrativo da companhia, Marcos Montes Cordeiro (PSD), tomou conhecimento sobre os planos de expansão da estatal que envolvem a distribuição de gás para atender à demanda do Triângulo Mineiro e interior do Estado.
De acordo com Montes, o projeto não se trata de uma substituição ou concorrência ao duto que vem sendo discutido para trazer o gás do interior de São Paulo para Uberaba e região. Na verdade, ele explica que os planos da Gasmig seriam complementares à implantação do ramal do Gasbol, vindo de Paulínia. “Se conseguir consolidar esse gasoduto de São Paulo até cruzar a divisa de Minas, a Gasmig tem o interesse de distribuir o gás desse ramal para o restante do Triângulo, fazendo, a partir de Uberaba, um duto interno que se ramifica ao interior do Estado”, disse.
Dentro desse contexto, Montes salientou que são importantes as articulações para assegurar gás em quantidade suficiente para suprir a demanda do setor industrial. Por isso, o trabalho em andamento para garantir o fornecimento de gás pela Argentina e também de outras fontes para que haja volume para ser levado às diversas regiões.
Questionado, o novo diretor administrativo da Gasmig ainda afirmou que não haveria viabilidade para a ampliação até o Triângulo Mineiro do gasoduto Centro-Oeste, que sai da região metropolitana de Belo Horizonte e termina em Divinópolis. “Para se levar o gasoduto de Divinópolis até a região do Triângulo, é uma distância muito grande e passa por lugares que não têm muito apelo comercial. É um investimento que não tem retorno financeiro”, explicou.
Nomeado na semana passada para o cargo na Gasmig, o diretor ressaltou que indicação para posto dentro do governo mineiro faz parte do processo de aproximação do PSD com a base aliada de Romeu Zema, sacramentado no ano passado. “Esse cargo é em função disso”, concluiu.