Mesmo depois de ser indiciado para responder na Justiça por crimes de falsidade ideológica e difamação contra a prefeita, ele segue no cargo de confiança até o momento
Rodolfo Natálio Araújo foi nomeado em maio do ano passado para assumir a função de diretor do departamento Legislativo da Câmara (Foto/Divulgação)
Ministério Público ingressou com medida cautelar para requerer afastamento de diretor da Câmara Municipal acusado de envolvimento na habilitação ilegal de linhas telefônicas em nome da prefeita Elisa Araújo (PSD). Após a denúncia criminal, o promotor Laércio Conceição Lima solicitou que Rodolfo Natálio Araújo seja afastado do cargo comissionado que ocupa no Legislativo.
Rodolfo foi nomeado em maio do ano passado para assumir a função de diretor do departamento Legislativo da Câmara. Mesmo depois de ser indiciado para responder na Justiça por crimes de falsidade ideológica e difamação contra a prefeita, ele segue no cargo de confiança até o momento.
Na petição, o promotor posicionou que a suspensão do exercício da função pública na Câmara seria para evitar o risco de novas infrações por parte do acusado. Por enquanto, a Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido do Ministério Público.
Até o fechamento desta edição do Jornal da Manhã, a Câmara Municipal não tinha sido notificada do pedido formalizado pela Promotoria. O Porta-Voz também não trouxe a exoneração do diretor na edição desta quarta-feira (17).
A reportagem tentou contato nesta quarta com o presidente da Câmara, mas ele não foi localizado para se manifestar sobre a situação. Rodolfo também não foi encontrado para se pronunciar sobre a denúncia do Ministério Público.
O desligamento do diretor também já foi solicitado pelo relator da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Legislativo, vereador Diego Fabiano de Oliveira (DC). Após a Promotoria ingressar com a ação penal, o parlamentar protocolou ofício ao presidente da Câmara, Fernando Mendes (Republicanos), na semana passada, para cobrar a exoneração do acusado do cargo comissionado.
O funcionário da Câmara está entre as quatro pessoas denunciadas para responder na esfera penal por delitos de associação criminosa, falsidade ideológica e difamação contra a prefeita. No inquérito, o Ministério Público aponta que as linhas telefônicas habilitadas no CPF da prefeita eram utilizadas por Rodolfo ilegalmente para postagem contra a chefe do Executivo nas redes sociais.