INVESTIGAÇÃO

PC indicia quatro suspeitos no caso dos chips em nome de Elisa

O grupo é acusado de associação para o crime e prática de difamação e injúria contra a chefe do Executivo

Gisele Barcelos
Publicado em 02/05/2024 às 20:49Atualizado em 02/05/2024 às 20:56
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Finalizada a investigação sobre denúncia de habilitação fraudulenta de linhas telefônicas em nome da prefeita Elisa Araújo (PSD), Polícia Civil apontou quatro pessoas como suspeitas de associação criminosa e prática de difamação e injúria contra a chefe do Executivo.

No inquérito encaminhado ao Ministério Público, constam entre os indiciados o pré-candidato pelo PSDB, Thiago Mariscal; o ex-candidato a vereador Vinícius Andrade Martins e o diretor da Câmara Municipal, Rodolfo Natálio. Além disso, a Polícia formalizou acusação contra o empresário Leonardo Pereira Alves. A Promotoria ainda não se manifestou sobre o caso.

Rodolfo e Leonardo também são acusados de crime de falsidade ideológica, pois teriam sido os responsáveis por fornecerem informações falsas às empresas de telefonia para habilitação das linhas de celular sem autorização da prefeita. No entendimento da Polícia Civil, a única justificativa para a conduta era utilizar os números falsos para a divulgação de conteúdo difamatório sem serem descobertos.

Ainda segundo o inquérito, foi constatado que o grupo tinha a intenção de criar páginas em redes sociais supostamente de apoio à prefeita para angariar seguidores e depois fazer a divulgação de conteúdos contra a chefe do Executivo.

De acordo com a investigação, todos os indiciados participavam em grupo de WhatsApp que seria para criar estratégias para divulgar o nome de Mariscal, porém, as ações se resumiam exclusivamente à produção de conteúdo difamatório contra a gestão da prefeita.

Os temas abordados nos conteúdos variavam entre mortes de crianças em hospitais, exposição de arte, desvios de doses de vacina, entre outros. Os quatro indiciados interagiam com sugestões e informações, segundo a polícia. Os investigados ainda teriam ferramenta para publicação em massa de postagens para denegrir a gestora.

O inquérito ainda relata que o material divulgado não era apenas de crítica à administração da prefeita, mas continha conteúdos para ferir a imagem dela. O documento também relata que as difamações postadas na internet vinham sempre após vídeos de promoção a Mariscal, argumentando que o pré-candidato foi o grande beneficiário das ações e teria pleno conhecimento das ações realizadas por apoiadores. “O grupo de WhatsApp tinha seu nome, para sua promoção e ele era integrante na condição de administrador”, continua o texto.

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