Retomada de fábrica de amônia em Uberaba está entre as ações estratégicas do governo federal para diminuir dependência de importação de fertilizantes, porém o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que alcançar a autossuficiência na produção do insumo não é mais a meta.
Durante a passagem por Uberaba no último fim de semana, Fávaro salientou que o governo vem agindo para viabilizar parceiros privados para investir na construção ou finalização das plantas de fertilizantes em Uberaba, Três Lagoas e Paraná para diminuir a vulnerabilidade do setor rural a interferências externas, observadas de forma intensa com a deflagração da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Conforme o ministro, a proposta com a retomada das plantas não elimina as importações de fertilizantes por completo, como chegou a ser defendido no passado quando os projetos foram lançados. “Queremos fazer que o Brasil volte a ser competitivo e diminua a sua dependência dos fertilizantes importados. Não queremos ser autossuficientes porque é muito difícil e porque precisamos da relação de compra e venda. Se a gente exporta muito, precisa importar dos país amigos, mas não podemos ser vulneráveis. Por isso, estamos agindo estrategicamente para entregar o país menos dependente do que recebemos”, manifestou.
Com vistas à retomada da planta de amônia em Uberaba, a Petrobras assinou no início deste ano acordo com a Yara Brasil para estudar potenciais parcerias no segmento de fertilizantes, produção de produtos industriais e descarbonização da produção.
Conversas estavam em andamento desde o fim do ano passado com dirigentes da Yara Fertilizantes para que a empresa assumisse o investimento para a retomada da implantação da planta de amônia em Uberaba. O projeto foi levado para a direção internacional da empresa na Noruega e houve aceno positivo em relação ao empreendimento. A proposta é que a multinacional seja também a operadora da unidade.