Aos 40 anos, Samuel Pereira (PR) – que cumpre seu primeiro mandato de vereador (2009-2012) – também quer ser presidente da Câmara em substituição a Lourival dos Santos (PCdoB). Vice-líder do prefeito na Casa, ele também preside a Comissão de Desenvolvimento Social. Evangélico e administrador público, o republicano tem uma série de propostas para o Legislativo, nas áreas administrativa e parlamentar, além de focar no servidor e na participação popular.
A chapa 2, encabeçada por Samuel, tem os peemedebistas Marcelo Borjão como vice-presidente, Cléber Cabeludo de primeiro secretário e Jorge Ferreira (PMN) como segundo secretário. Apoiam o grupo os vereadores Tony Carlos (PMDB), Almir Silva (PR) e José Severino (PT). O Jornal da Manhã procurou o republicano para uma entrevista, mas ele estava viajando e não retornou as ligações.
A se considerar a composição das duas chapas que disputam a Mesa Diretora da Câmara, o prefeito Anderson Adauto (PMDB) não terá dificuldades de relacionamento com o Poder. Luiz Dutra (PDT) já foi seu homem de confiança na Cohagra e Samuel também é da sua base aliada. O equilíbrio fica por conta da participação dos oposicionistas João Gilberto Ripposati (PSDB) e Itamar Ribeiro (DEM) na chapa 1, liderada pelo pedetista.
Lourival dos Santos entende que é bom haver disputa, porque valoriza quem está saindo. “É um cargo que todo mundo quer, porque o presidente da Câmara é a segunda pessoa no poder de uma cidade, mas é muita responsabilidade, muito conflito. Tem que administrar 14 vereadores, muito diferente do prefeito, que administra secretários, que estão lá por sua indicação. Os vereadores não, todos foram eleitos pelo povo e estão quase que no mesmo nível do presidente. O prefeito pode falar um não para um secretário, enquanto que o presidente tem que falar não, mas é preciso saber como conciliar temperamentos”, desabafa.
Analisando os quatro anos à frente do Poder (2007-2008/2009-2010), o comunista diz que cresceu bastante, mas não sabe até quando vai continuar na política. Lourival afirma que não pensa em galgar outros postos e, no momento, não tem a pretensão de se candidatar em 2012. Ele assegura que nesse período procurou dar transparência nas ações da Casa e imprimir um tratamento fraterno com os servidores. Não esconde que precisou de jogo de cintura para lidar com as questões políticas e administrativas e que “foi doído” cassar um colega de plenário (Paulo Pires – PSDB, em 2008).
Lourival quer deixar o cargo de presidente com a área para a nova Câmara definida, na região já chamada de “Praça dos Três Poderes”, próximo ao Centro Administrativo da PMU e do novo Fórum. Luiz Dutra completa afirmando que a cidade precisa de um novo Paço à altura das discussões e da representatividade do Legislativo. (RG)