PEDALADAS FISCAIS

Página do governo trata impeachment de Dilma como 'golpe'

Agência Estado
Publicado em 19/01/2023 às 08:24
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Dilma Rousseff faz sua defesa durante sessão de julgamento do impeachment no Senado, em 2016 (Foto/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O site oficial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva chama o impeachment de Dilma Rousseff de "golpe", embora o primeiro escalão tenha ministros de vários partidos que apoiaram o afastamento de Dilma, como o MDB e o PSD.

Ao anunciar a nova gestão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o site diz que "o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, indicou Rita Freire, presidente do Conselho Curador da EBC cassado após o golpe de 2016" para um cargo de gerência na empresa.

Dilma sofreu impeachment em 2016 depois de ser condenada por promover "pedaladas fiscais", prática revelada pelo Estadão. As "pedaladas" consistem em manobras contábeis feitas pelo Executivo para cumprir metas fiscais.

O senador Ciro Nogueira, ex-titular da Casa Civil, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que inclua essa menção da EBC sobre "golpe" no processo de fake news.

À época, o Tribunal de Contas da União considerou que o Tesouro atrasou o repasse de recursos para Caixa, Banco do Brasil, BNDES e FGTS para o pagamento de programas sociais, como o Bolsa Família.

A relação entre o Planalto e o Congresso começou a se deteriorar em 2015, quando o PT decidiu enfrentar Eduardo Cunha na eleição para a presidência da Câmara e lançou a candidatura de Arlindo Chinaglia (SP). Cunha venceu e aceitou o pedido de impeachment de Dilma, depois aprovado pela Câmara e pelo Senado.

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