Peemedebista acusa uso da máquina administrativa

Rápida, porém ruidosa a passagem de Hélio Costa (PMDB) ontem por Uberaba. Acompanhado de vários candidatos da coligação “Todos Juntos por Minas Gerais”, o senador desembarcou às 9h20, recepcionado por lideranças regionais.

Intensa movimentação foi constatada no entorno do aeroporto. O vereador Tony Carlos (PMDB) estava com equipe uniformizada e dez carros plotados. Já o candidato a deputado federal Wellington Salgado deslocou um ônibus de Uberlândia espalhando grande número de bandeiras e mais de 20 placas maiores que as expostas pelos candidatos da cidade.

A carreata teve percurso maior que o anunciado pela coordenação peemedebista, chegando por volta de 10h30 à praça Rui Barbosa, onde iniciou caminhada pelo calçadão. A passos largos e mais acenos que cumprimentos, Costa discursou em palanque montado na entrada do comitê no Cine Metrópole.

Hélio Costa atacou a oposição, afirmando falta de apoio aos professores da rede estadual e também a alíquota de 18% do ICMS no Estado. Percentual está, de acordo com o candidato, gerando fuga de investimento das cooperativas de leite do Triângulo Mineiro para São Paulo, cuja porcentagem é zero.

Ele disse que pretende implantar uma política competitiva nas regiões de fronteira em áreas limítrofes com SP, Goiás e Mato Grosso. “A nossa carga tributária é tão pesada, que assusta os que querem investir, estressando os que já estão instalados”, afirmou.

Quanto ao pedido de cassação da candidatura do governador Anastasia, sob alegação de uso da máquina e dinheiro público na campanha, o candidato foi cauteloso. Disse ter sido o departamento jurídico, e não ele, a formular o pedido alicerçado em práticas que, segundo ele, precisam ser investigadas com rigor pela Justiça Eleitoral.

A coletiva foi encerrada pela assessoria do candidato para agilizar o embarque para Patrocínio, ocorrido por volta de 11h. (EM)